Boate Kiss, 5 anos depois

Boate Kiss, 5 anos depois

Marcas da madrugada de 27 de janeiro de 2013 ainda se fazem presentes na fachada deteriorada e no interior do local

Danton Júnior

Cinco anos após o incêndio que matou 242 pessoas e feriu outras 636, é comum ouvir entre moradores que o caso "não vai dar em nada”

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O prédio da Rua dos Andradas, no Centro de Santa Maria, continua atraindo homenagens e olhares. As marcas da madrugada de 27 de janeiro de 2013 ainda se fazem presentes na fachada deteriorada e no interior do local, onde partes da estrutura de alvenaria ameaçam ceder. Mas, cinco anos após o incêndio que matou 242 pessoas e feriu outras 636, é comum ouvir entre moradores que o caso “não vai dar em nada”. O motivo para a sensação de impunidade é o fato de que ninguém está preso pelo ocorrido.

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Mais de 200 testemunhas foram ouvidas no processo principal, que tem como réus os dois sócios da boate - Elissandro Spohr e Mauro Hoffman -, o vocalista da banda Gurizada Fandangueira - Marcelo de Jesus dos Santos - e o assistente de palco Luciano Augusto Bonilha Leão. Em dezembro, o Tribunal de Justiça decidiu que eles não irão a júri popular, contrariando decisão da 1ª Vara Criminal de Santa Maria - o Ministério Público recorre da decisão. Além disso, alguns pais foram processados por membros do MP.

Para quem sofreu com o incêndio da Boate Kiss, os anseios vão além da esfera judicial. Cinco anos era a duração prevista no convênio firmado, em 2013, com Ministério da Saúde, para atendimento aos sobreviventes da tragédia. Hoje, muitos ainda demonstram necessidade de manter o tratamento. Cinco anos também é o tempo do curso de agronomia da UFSM, no qual estavam matriculadas 26 vítimas fatais. O Correio do Povo retornou a Santa Maria e encontrou cinco personagens que tiveram suas trajetórias marcadas pelo incêndio.




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