Bombeiros mudam foco de buscas por piloto desaparecido no rio Guaíba

Bombeiros mudam foco de buscas por piloto desaparecido no rio Guaíba

Equipe suspende mergulhos e manterá buscas somente na superfície das águas

Giullia Piaia

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O quarto dia de buscas pelo piloto Luiz Claudio Albert Petry, 43 anos, desaparecido depois que a aeronave monomotor conduzida por ele caiu no Guaíba, em Porto Alegre, foi marcado pela chuva e pela mudança de estratégia de busca. A precipitação trouxe menor visibilidade às equipes do Corpo de Bombeiros Militar do RS (CBMRS), que trabalham no resgate.

Após mais uma manhã de mergulhos no local da queda, durante a tarde, a base de operações na praia de Ipanema foi desmontada e os profissionais passaram a fazer saídas para busca na superfície do rio Guaíba da Companhia Especial de Busca e Salvamento, localizada no Cais Mauá. “Não tinha porque manter a base lá porque a partir de agora começamos exclusivamente com a busca em superfície, usando botes e moto aquática”, justificou o 1º Tenente Fernando Dutra.

Portanto, mergulhadores não serão mais utilizados no trabalho de resgate. “Estamos partindo do ponto inicial, o ponto base, e seguimos a direção da corrente. Se estiver ao norte, vamos ao norte. Se o vento for ao sul, vamos ao sul”, complementa o tenente.

De acordo com o tenente, tanto na terça, quanto na quarta-feira, a correnteza levava ao norte, o que pode fazer com que a vítima pare em algum banco de areia, ou outro objeto submerso, ao norte do local do acidente. As buscas com sonar no local do acidente levaram apenas à descoberta de peças do monomotor e de um tronco. “Agora é trabalhar no sentido da corrente que vamos achá-lo”, garantiu Dutra.

O acidente

Petry pilotava uma aeronave que desapareceu por volta das 17h na segunda-feira. O CBMRS foi acionado às 22h47min para o atendimento da ocorrência. A partir das 23h, foram encontrados os primeiros destroços, sendo encontrados também, a partir de então, às 4h, 6h e 9h30min. A primeira asa da aeronave foi encontrada no início da Orla de Ipanema, e os principais destroços estão localizados entre a pedra da baleia e a boia 115.

Até o momento, foram encontrados motor, o trem de pouso, o leme e outros destroços. A prioridade dos Bombeiros, entretanto, é a busca pela vítima. As buscas pelo piloto e pelos destroços do avião contam com o apoio de outras forças de segurança - Brigada Militar (BMRS), Polícia Civil (PCRS), Força Aérea Brasileira (FAB) e Marinha do Brasil.


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