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Buscas delimitam área de desaparecimento de bombeiros, após 110 horas

Ao longo do quinto dia de trabalhos nos escombros do prédio da SSP, 50% do local já havia sido coberto pelas equipes

Estêvam Rodrigues no fim da tarde desta segunda-feira, após mais de 110 horas de buscas pelos servidores | Foto: Mauro Schaefer

A provável área onde estão localizados os bombeiros desaparecidos durante o combate ao incêndio que destruiu o prédio da Secretaria da Segurança Pública (SSP), em Porto Alegre, foi delimitada pelo Corpo de Bombeiros Militar. A informação foi confirmada pelo comandante do 1º BBM, tenente-coronel Eduardo Estêvam Rodrigues no fim da tarde desta segunda-feira, após mais de 110 horas de buscas pelos servidores.

Ao longo do quinto dia de trabalhos na edificação, 50% da área já havia sido coberta pelos 68 homens e quatro cães farejadores, que atuam com a ajuda de técnicos e especialistas. Os escombros na parte central do local têm aproximadamente 5,5 metros de profundidade. “Avançamos muito as buscas, conseguimos entrar em uma área que requer muitos cuidados das equipes de busca e resgate em estruturas colapsadas, mas era uma área necessária, pois, segundo os estudos, é onde possivelmente estão localizados nossos bombeiros militares desaparecidos”, explicou Rodrigues.

Diferentemente dos dias anteriores, agora há máquinas dentro da edificação fazendo a limpeza para que as equipes possam prosseguir os trabalhos manuais. Ainda de acordo com o comandante, em função do risco estrutural, o Corpo de Bombeiros Militar solicitou apoio técnico de universidades e instituições especializadas. “Precisamos fazer as estabilizações necessárias, fazer um caminho lento, mas contínuo, porque vamos, sim, encontrar nossos bombeiros”, afirmou Rodrigues. 

O trabalho do Corpo de Bombeiros, segundo ele, tem sido feito sempre amparado nos estudos dos especialistas. Para cada tomada de decisão, é necessário fazer uma relação entre vários dados, como depoimentos de testemunhas do incêndio, atuação dos cães farejadores, planta do prédio no Plano de Prevenção Contra Incêndios (PPCI) e imagens 3D obtidas através de drones. “A estrutura está estável, mas tem muitos elementos que estão instáveis, a questão é avançar com segurança para que não ponhamos as equipes em risco, mas com a maior rapidez possível”, explicou o engenheiro  Luiz Carlos Pinto da Silva Filho, do Laboratório de Ensaios e Modelos Estruturais Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Leme/Ufrgs).

Henrique Massaro