Entidade acredita que recuperação do setor hoteleiro em Porto Alegre ocorrerá em março de 2021

Entidade acredita que recuperação do setor hoteleiro em Porto Alegre ocorrerá em março de 2021

Presidente do Sindicato dos Hotéis afirmou que bandeira vermelha na Capital foi "um balde de água fria" para o setor

Cláudio Isaías

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A bandeira vermelha em Porto Alegre é um "balde de água fria" no setor de hotelaria que vinha tentando se recuperar da crise econômica causada pela pandemia do coronavírus. A avaliação foi feita pelo presidente do Sindicato dos Hotéis de Porto Alegre (SHPOA), Carlos Henrique Schmidt, ao explicar que o ano de 2020 "morreu para o setor". Ele acredita numa recuperação apenas em março de 2021, caso até lá tenha chegado a vacina ao Brasil, o que na sua opinião, vai possibilitar a retomada do eventos na cidade.

"Sem a realização de eventos esportivos, seminários, shows e congressos vai ficar complicado a nossa recuperação", ressaltou. Porto Alegre tem cerca de 8 mil a 9 mil apartamentos, distribuídos em aproximadamente 100 hotéis. Schmidt disse ainda que tradicionalmente os meses de janeiro e fevereiro são de baixo movimento nos hotéis da Capital.

Em um levantamento recente feito pelo sindicato foi constatado que os hotéis estão abrindo, mas com muito poucos clientes para receber. "Ainda existe um medo constante e o turismo está estagnado. É extremamente difícil saber que estamos brigando atrás de somente alguns poucos clientes para hospedar”, afirmou o presidente.

Conforme Schmidt, a pandemia da Covid-19 atingiu em cheio a indústria do turismo e a rede hoteleira da cidade. Em Porto Alegre, eventos como futebol, shows nacionais e internacionais, congressos e feiras, como a Expointer, em Esteio, que movimentavam a cidade e chegavam a lotar a rede hoteleira foram cancelados ou ocorreram de forma híbrida.

O presidente do SHPOA afirmou que precisa ser restabelecido o turismo tanto de lazer quanto de negócios. "Tudo precisa voltar ao normal para que os hotéis recebam hóspedes. Precisamos  muito do turismo e da aviação", acrescentou. Um levantamento do setor de hotelaria aponta que 70% dos clientes chegavam de avião a Porto Alegre.

Hotéis como o Plaza São Rafael,  Deville Prime Porto Alegre, Blue Tree Towers Porto Alegre e Intercity Cidade Baixa estão em funcionamento com um rígido protocolo de segurança nas suas instalações. No começo da pandemia, no mês de março, praticamente todos chegaram a ficar fechados. Na tentativa de amenizar os prejuízos, metade destes estabelecimentos reabriram, mas conforme determina os protocolos impostos pelo município, com 50% da capacidade.

Um dos estabelecimentos que marcou época em Porto Alegre, o Hotel Everest, fechou as portas de forma definitiva em parte pelo desinteresse no negócio por parte da família Fett, que controlava o hotel, e também pela pandemia da Covid-19. Situado na Rua Duque de Caxias, 1357, o empreendimento de 56 anos e 150 quartos operava com menos da metade da capacidade e já tinha interrompido o funcionamento por causa da pandemia de Covid-19. Para Schmidt, o  coronavírus ajudou a agravar a situação financeira do empreendimento que encerrou suas atividades definitivamente no mês de setembro.


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