Esposa de Elissandro Spohr diz que nunca assistiu a um show pirotécnico na Boate Kiss

Esposa de Elissandro Spohr diz que nunca assistiu a um show pirotécnico na Boate Kiss

Nathalia Daronch é a terceira pessoa a depor no julgamento do processo

Lou Cardoso e Paulo Tavares

Nathalia Daronch é esposa de Elissandro Spohr, réu no julgamento da Boate Kiss

publicidade

A esposa de Elissandro Spohr, Nathalia Daronch, é a terceira pessoa a depor no julgamento do caso da Boate Kiss, nesta segunda-feira. Spohr, também conhecido como Kiko, é um dos sócio-proprietários da casa e um dos réus pelo processo. Grávida na época, ela estava presente na casa noturna no dia da tragédia em Santa Maria. Segundo Nathalia, ela nunca tinha assistido a nenhum show com artefatos pirotécnicos dentro da Kiss. "Nunca vi nenhuma banda fazer uso de pirotecnia", contou. 

A promotora Lúcia Helena Callegari, então, mostrou uma imagem de uma apresentação da banda de Spohr, o Projeto Pantana, que fazia uso de pirotecnia dentro da Kiss. Ao ser questionada pela imagem, Nathalia especificou que aquela foto não se tratava de um show, mas de uma gravação de um videoclipe com pessoas convidadas que faziam parte da plateia. Ela disse não lembrar a data da gravação. 

Sobre o dia incêndio, Nathalia confirmou que estava presente na hora da passagem de som da banda Gurizada Fandangueira, no período da tarde, e que não havia artefatos pirotécnicos instalados no palco neste momento do dia. "Acredito que tenha sido montado na hora do show. Sei que não tinha autorização, pois estava acompanhando a passagem de som na casa", explicou. A esposa do réu ainda contou que, naquele dia, ao chegar na boate, Kiko perguntou aos funcionários quantas pessoas estavam na casa e soube que seriam cerca de 650, mas que poderia chegar entre 800 a 850.  

Naquela noite, ela chegou na festa por volta da 1h e não viu quando o incêndio começou. Ao ver a movimentação, Nathalia achava que se trava de uma briga. Logo após, ela contou que viu o marido pedindo para entrar na boate depois que começou o incêndio, mas os bombeiros não o deixaram. A vítima disse que chegou a ficar internada no hospital, após o incêndio, entre 5 e 7 dias. 

Ainda está previsto para esta segunda-feira o depoimento da testemunha Márcio André de Jesus dos Santos.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895