Faltam doses da Pfizer para seguir com grupos prioritários em Porto Alegre

Faltam doses da Pfizer para seguir com grupos prioritários em Porto Alegre

Em nota, a prefeitura de Porto alegre informou que aguarda receber uma nova remessa para continuar a aplicação

Gabriel Guedes

Segunda dose da vacina da Pfizer foi aplicada em 20 farmácias parceiras da Secretaria Municipal da Saúde e em três unidades de saúde de Porto Alegre

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Parte do público que procurou as 11 unidades básicas de saúde de Porto Alegre na manhã desta quinta-feira em busca da primeira dose da vacina Comirnaty, da Pfizer, se deparou com falta de doses, longa espera e poucas informações. Após a Prefeitura ampliar o grupo contemplado, pessoas com 60 anos ou mais, com deficiências cadastradas no plano Benefício de Prestação Continuada a partir de 18 anos, pessoas com HIV e Síndrome de Down a partir de 18 anos, profissionais de saúde e de apoio à saúde, poderiam receber o imunizante, além de gestantes e puérperas com comorbidade e sem comorbidade e pessoas com comorbidades com 18 anos ou mais e pessoas com deficiência permanente com 59 anos ou mais.

Em menos de duas horas desde iniciada a vacinação, já havia relatos de falta de doses do imunizante da Pfizer. No IAPI, as pessoas iam para a fila, que não avançava. Ao questionarem a demora a um funcionário da unidade de saúde, recebiam uma senha, o que sinalizava que receberia a aplicação. Entretanto, os que não recebiam, estavam fadados a aguardar indefinidamente.

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“Eles só pediram para aguardar na fila, mas não disseram nada da falta de doses. Mas eu tenho comorbidades, mãe e pai doentes. Preciso me vacinar e vou esperar o tempo que for necessário”, contou a Deise Beretta, 46 anos, moradora do Triângulo, na Zona Norte da Capital.

No Modelo, no bairro Santana, por volta das 10h30min, situação parecida. A tenda de vacinação estava vazia, sem movimento e dezenas de pessoas aguardando dentro do pátio da unidade e em uma fila que se estendia pela avenida João Pessoa e rua Laurindo. “Estamos esperando há uns 20 minutos. Mas não deram senha e nem falaram nada”, relatou o jovem Gabriel Baraibar, morador do bairro Partenon.

O secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, por meio do seu gabinete, afirmou “que foram aplicadas doses que estavam em estoque e que aguardam receber uma nova remessa para continuar a aplicação”. Para evitar a espera desnecessária, Sparta disse que seriam distribuídas senhas nos locais em que as doses estariam se esgotando.

Em nota, a SMS reiterou que vem fazendo “uma operação diária de remanejo de doses para reposição de vacinas nos locais onde acaba ocorrendo a falta devido à procura”. Mas observaram que “isso está condicionado à disponibilidade de vacinas”. Ainda esclareceram que o esforço é para que se reponha o mais rapidamente o estoque com a quantidade estimada para a demanda no local naquele momento”, informaram.

Nesta quinta-feira também não houve oferta de primeira dose da AstraZeneca/Fiocruz e nem vacinação em drive-thrus. A SMS espera retomar a vacinação com a Pfizer apenas na terça-feira da próxima semana.


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