Federasul critica proposta de reforma tributária do Piratini

Federasul critica proposta de reforma tributária do Piratini

Entidade projetou otimismo para recuperação econômica em 2021

Sidney de Jesus

Entidade projetou otimismo para recuperação econômica em 2021

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 “O momento atual: expectativas e desafios”, foi o tema abordado no tradicional encontro de debates Tá na Mesa, nesta quarta-feira, promovido pela Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul). No evento, que foi transmitido no formato virtual na página do Facebook da entidade, a presidente da Federasul Simone Leite e representantes do associativismo debateram os impactos da pandemia na sociedade em 2020, o projeto de reforma tributária proposto pelo governo Eduardo Leite, e projetaram o ano 2021 na economia.  

O evento contou com a presença de Rafael Goelzer, vice-presidente de Integração e os vice-presidentes, Rodrigo Sousa Costa; Milton Terra Machado; Fernando De Paula e Renato Lauri Scheffler, vice-presidente Regional Vale do Taquari e Simonia Oliveira, diretora Regional Médio Alto Uruguai. 

Ao falar sobre o aumento de tributos, a presidente Simone Leite lembrou que o Rio Grande do Sul teve a majoração do ICMS no governo de José Ivo Sartori. Segundo ela, Sartori queria manter a majoração sem um tempo definido. Já Eduardo Leite queria a manutenção do imposto por dois anos para arrumar o fluxo de caixa e poder ampliar as receitas do governo. “A Federasul e os gaúchos acreditaram no governador eleito Eduardo Leite que não cumpriu com compromisso assumido. Esses dois anos se encerram agora no dia 31 de dezembro, e o governador está dizendo que vai precisar manter os impostos majorados, com a argumentação que não termos educação e segurança no ano que vem se abrirmos mão desta receita”, afirmou. 

Para Simone Leite, o governador está faltando com a verdade. Ela destacou que o governo do RS está recebendo recursos do governo federal, além das receitas que virão das privatizações, e concessões públicas e de novos investimentos que o RS precisa  receber. “A arrecadação está aumentando. São mais de 700 milhões comparados com o ano passado”, enfatizou a presidente da Federasul, que ressaltou, ainda, que o tratado tem que ser cumprido. 

“Não podemos permitir um estelionato eleitoral. O governo se comprometeu com a sociedade gaúcha e e agora está virando as costas. As políticas públicas impactam a nossa vida para o bem e para o mal. É contra isso que estamos trabalhando. Nossa esperança está depositada nos nossos deputados, que são os representantes da sociedade. São eles que têm que dizer não ao aumento de tributos, que é um retrocesso do nosso Estado”, frisou Simone Leite. 

Ao falar sobre o impacto da pandemia do coronavírus em 2020 e as perspectivas para o ano que vem, a presidente da Federasul Simone Leite disse que 2020 vai ficar marcado na história de todas as pessoas. Ela destacou que foi um ano de dificuldades, mas também de superação e determinação para seguir em frente. “Alguns empresários ficaram pelo caminho por não conseguirem superar estas dificuldades, muitas empresas fecharam as portas e muitas pessoas perderam seus empregos, no entanto, esse cenário de incertezas deve mudar em 2021 com o crescimento da economia em todos os setores.   

Ela acredita que “o próximo ano será o reinicio de um voo interrompido pela pandemia. Um grande ano de recuperação. Além disso, aprender com erros e avanços tecnológicos e fortalecimento das relações humanas são alguns saldos positivos do atual ano”, afirmou que Simone Leite, que informou que deixará o cargo de presidente da  Federasul. “Estamos encerrando uma jornada de quatro anos. É nosso ultimo ano na Federasul”, revelou. 

O ano na visão de Milton Terra Machado, vice-presidente da entidade, foi marcado por aprendizados infinitos e ampliação de pluraridade junto à Federasul, que trouxe outras visões”. A entidade cumpriu com uma de suas missões: pertencimento. Para ele, “a Federasul fomentou e mostrou que todos somos parte de um governo. Cada um de nós é o governador”, frisou. 

O valor e a importância do associativismo – que na Federasul é desenvolvido de forma voluntária – foram destacados por Fernando De Paula, que atua no ramo educacional. De Paula criticou o posicionamento adotado pelo Poder Público no que tange às atividades pertinentes ao setor de ensino e salientou que “o ramo da educação só retornou, mesmo que de forma gradual, porque  houve união de esforços da classe produtiva”, disse.

Reforçando a liberdade de empreender e o compromisso com a saúde pública, a diretora Simonia Oliveira criticou quaisquer das possibilidades que possam ser implementadas em virtude do aumento de casos de infecção pela Covid-19. “Não podemos cometer os mesmos erros. É inadmissível a restrição de horários, isto só faz aumentar as aglomerações. O governo precisa ampliar essas faixas, como em Santa Catarina, que está permitindo as operações 24 horas por dia, assim diluindo o fluxo”, explicou Simonia. 


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