Justiça impede sindicato de divulgar consulta sobre fim da greve nas universidades

Justiça impede sindicato de divulgar consulta sobre fim da greve nas universidades

Professores da Ufrgs, UFCSPA e IFRS opinaram sobre a proposta do governo federal

Camila Kila / Rádio Guaíba

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Uma ação cautelar impetrada por um grupo de professores na Vara do Trabalho impediu a divulgação do resultado do plebiscito do Sindicato dos Professores das Instituições Federais do Ensino Superior de Porto Alegre (ADufrgs) sobre o fim da greve nas universidades federais da Capital. A consulta terminou na tarde desta quarta-feira.

A presidente da ADufrgs, Maria Luiza Von Holleben, confirmou que a consulta sobre a aceitação da proposta feita pelo governo federal e o encerramento do protesto teve participação de 1.367 docentes, número recorde entre sindicatos. Ela explica que, para o grupo responsável pela ação, a comunicação do resultado antes de passar por análise em assembleia prejudica a categoria. A sindicalista frisou, porém, que nos encontros o total de participantes não passa de 200.

A ADufrgs vai entrar com recurso para tentar derrubar a cautelar. Caso a decisão não seja favorável ao sindicato, o resultado só deve ser conhecido após a assembleia, marcada para a próxima segunda-feira, às 14h. O sindicato representa 3,5 mil professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Instituto Federal (IFRS/Campus Porto Alegre).

No restante do Brasil, outras universidades ligadas ao Proifes-Federação fizeram plebiscitos semelhantes. O resultado deve ser levado à reunião entre o Ministério do Planejamento e entidades representativas da categoria, onde pode ser assinado um acordo.

O Proifes é favorável a aceitar a oferta, que conforme a entidade contemplou 15 pontos reivindicados pela entidade e dar fim à greve, que já dura mais de 70 dias em 57 universidades federais. Já o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), que representa a maior parte das instituições, rejeitou a proposta por não contemplar a reestruturação da carreira.

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