Ministério da Saúde cria comitê para acompanhar varíola do macaco

Ministério da Saúde cria comitê para acompanhar varíola do macaco

Brasil registrou, nesta sexta-feira, a primeira morte pela doença; segundo a pasta, óbito ocorreu em Uberlândia (MG)

R7

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O Ministério da Saúde vai instaurar, nesta sexta-feira, o Centro de Operação em Emergências para acompanhar a situação epidemiológica e elaborar um plano de vacinação contra a varíola do macaco, conhecida como monkeypox. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, a vacina a ser adquirida possivelmente será de vírus não replicante. A previsão é que 50 mil doses sejam destinadas ao Brasil, de acordo com a solicitação feita à Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).

Foram convidados a participar do colegiado membros do Conass (Conselho Nacional de Secretários da Saúde), Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Opas, Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e representantes de outras secretarias do ministério, além da própria SVS (Secretaria de Vigilância em Saúde). 

Primeira morte

O Brasil registrou nesta sexta-feira a primeira morte por varíola do macaco fora do continente africano. A vítima é um homem que estava internado em um hospital de Uberlândia (MG). Segundo o Ministério da Saúde, ele tinha imunossupressão.

As informações mais recentes sobre óbitos por varíola do macaco divulgadas pela OMS (Organização Mundial da Saúde) eram de cinco mortes neste ano, todas em países da África, onde a doença é endêmica. O Brasil registrava, até a última quarta-feira, 978 casos da doença, dos quais 744 no estado de São Paulo (75%). Em seguida, aparecem Rio de Janeiro (117) e Minas Gerais (44). No mundo, já há mais de 21 mil casos confirmados. O Brasil é o sexto país com mais diagnósticos, atrás dos Estados Unidos, Espanha, Alemanha, Reino Unido e França.

Anvisa

A Anvisa também decidiu criar um Comitê Técnico da Emergência Monkeypox para que as áreas técnicas de pesquisa clínica, de registro, de boas práticas de fabricação, de farmacovigilância e de terapias avançadas atuem em processo colaborativo, inclusive com os profissionais de saúde e a comunidade científica.

A expectativa é que esse comitê reúna as melhores experiências disponíveis nas autoridades reguladoras, permitindo acelerar o desenvolvimento e as ações que envolvam pesquisas clínicas e autorização de medicamentos e vacinas.


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