MP denuncia oito por venda de água mineral contaminada
Quatro sócios da Mineração Campo Branco irão responder por vender produto alimentício corrompido
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Os oito foram denunciados por integrarem organização criminosa. Os quatro sócios também devem responder pelos crimes previstos no Código Penal por terem em depósito e colocarem à venda produto alimentício corrompido, com pena de quatro a oito anos de prisão. Segundo o Ministério Público, eles agiram intencionalmente, já que permitiram o envazamento e a comercialização do produto mesmo sabendo da contaminação.
O investigado Vitor Hugo Gerhardt, que era coordenador regional de Saúde em Lajeado, teve solicitada a extinção de punibilidade, já que morreu de infarto, em 26 de junho.
Embora tenham sido encontrados, em poder dos denunciados, laudos que comprovaram a presença acima do permitido da bactéria Pseudomonas aeruginosa, coliformes totais, limo e mofo, além de partículas de sujeira, o promotor de Justiça decidiu aguardar a remessa dos documentos oficiais solicitada pelo Judiciário aos laboratórios correspondentes.
A Organização Mundial de Saúde estabelece que a água engarrafada para consumo humano deve ser totalmente livre de coliformes e bactérias, devido à vulnerabilidade de crianças e idosos. A Pseudomonas aeruginosa é causadora de infecções respiratórias, urinárias e da corrente sanguínea em pessoas já com a saúde debilitada. Já a ingestão de coliformes provoca, em geral, distúrbios gastrointestinais.