MP e defesa de Ricardo Neis vão recorrer de sentença

MP e defesa de Ricardo Neis vão recorrer de sentença

O bancário atropelou 17 ciclistas em 2011 no bairro Cidade Baixa

Vitória Famer / Rádio Guaíba

Ricardo Neis foi condenado a 12 anos e nove meses de prisão

publicidade

A defesa do bancário Ricardo Neis, condenado na última quinta-feira a 12 anos e nove meses de prisão pelos jurados do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul por atropelar 17 ciclistas em fevereiro de 2011, em Porto Alegre, promete recorrer da decisão. Foi o que afirmou nesta sexta-feira o advogado do condenado, Manoel Castanheira. A sentença também desagradou o Ministério Público Estadual, que da mesma forma promete tentar alterá-la na justiça. O MP pedia 25 anos de condenação.

A defesa do bancário reiterou o respeito pelo conselho de sentença que proferiu a condenação, mas adiantou que na próxima semana já deve apresentar a apelação para tentar reverter o tempo de pena.

“O que se viu no julgamento abrange, além de algumas questões que podem ser envolvidas em recurso com relação à aplicação da pena. Portanto, do número, período, de pena que ele foi condenado, como também existem algumas nulidades. E essas também vão ser abrangidas em um recurso de apelação que deve ser apresentado já no início da (próxima) semana ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul”, afirmou Castanheira.

Dos quase 13 anos de prisão, 2/5 da pena serão prestados em regime fechado, por 11 tentativas de homicídio e cinco crimes de lesão corporal. O júri popular, que começou na manhã de quarta-feira, durou cerca de 23 horas e se encerrou ontem à noite, conduzido pelo juiz Mauricio Ramires, da 1ª Vara da Capital. Neis vai poder recorrer em liberdade, mas segue mantida a suspensão do direito de dirigir. O prazo é de cinco dias para que a defesa encaminhe contestação.

O fato, que ganhou repercussão mundial, ocorreu em 25 de fevereiro de 2011, perto das 19h. Ciclistas do movimento ‘Massa Crítica’, que costuma pedalar pelas ruas de Porto Alegre divulgando a bicicleta como meio de transporte, foram atingidos pelo automóvel Golf que Ricardo Neis conduzia. Ele ficou irritado por ter a passagem bloqueada e avançou com o carro para cima dos manifestantes.

Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895