MP e donos de postos com bombas lacradas na Capital se reúnem na sexta
Água e solvente foram encontrados em estabelecimentos que foram alvo de ação judicial
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O promotor Alcindo Bastos, da Promotoria do Consumidor, explicou que há duas possibilidades de reabrir as bombas interditadas. Uma delas é se houver nova decisão judicial beneficiando os estabelecimentos. A outra é a construção de um acordo juntamente com o Ministério Público (MP). As interdições envolvem só as bombas com o produto fora das especificações técnicas. O posto, portanto, pode continuar operando.
Na única unidade em que foi lacrado um ponto de venda de etanol foi encontrada água no tanque. Não ficou claro se a mistura decorreu de ação com o objetivo de aumentar o volume ou de uma infiltração. Nas outras quatro bombas de óleo lacradas foi identificado solvente. A mistura pode ter sido proposital ou pela contaminação do tanque por outro combustível.
A utilização dos produtos com qualidade não comprovada provoca má lubrificação do motor, problemas na injeção de combustível e redução da vida útil do veículo, além do consumo excessivo, de acordo com o laudo que motivou as interdições. Neste ano, em todo o Rio Grande do Sul, já são 14 estabelecimentos com atividade parcialmente interditadas em virtude de ações propostas pelo Ministério Público.
Postos com bombas lacradas e onde foi encontrada a irregularidade:
Wenceslau Abastecedora de Combustíveis Ltda: etanol;
Comercial de Combustíveis Pastoriza Ltda: diesel;
Garagem Nacional Ltda: diesel;
Lopes e Vaz Comércio de Combustíveis Ltda: diesel;
Comercial de Combustíveis Pasqualini Ltda: diesel.