Novos focos de incêndio desafiam bombeiros na busca por agentes em prédio da SSP em Porto Alegre

Novos focos de incêndio desafiam bombeiros na busca por agentes em prédio da SSP em Porto Alegre

Equipes trabalham com 42 homens em rodízio porque a ideia é permanecer na estrutura 24 horas por dia

Luiz Felipe Mello

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Com cuidado e persistência, o Corpo de Bombeiros dá continuidade às buscas ao 1º tenente Deroci de Almeida da Costa e o 2º sargento Lúcio Ubirajara de Freitas Munhós, desaparecidos no incêndio que destruiu a sede da Secretaria da Segurança Pública entre a noite de quarta e a madrugada dessa quinta-feira em Porto Alegre. Segundo o tenente-coronel Estevam Soares, coordenador do resgate, o principal desafio é fazer o trabalho com o risco de desabamento de outras partes da estrutura. Conforme ele, o trabalho é incessante e só será concluído com a localização dos agentes. 

"Bombeiro militar trabalha com riscos. O que nós fazemos é tomar decisões técnicas que nos ajudam a mitigar esses riscos a níveis aceitáveis para a continuidade da busca. Ainda trabalhamos com muito cuidado porque há a possibilidade de desabamentos e priorizamos o resfriamento de toda a estrutura, até porque há ainda focos de incêndio e por causa disso não podemos usar os cães farejadores a todo momento. São seis cães que estamos usando, também em formato de rodízio e buscando mais eficiência", explicou Soares em entrevista coletiva em frente ao prédio da SSP. 

Segundo Soares, as equipes de bombeiros trabalham por quadrantes no prédio. São 42 homens atuando em forma de rodízio, de modo que os times de resgate possam permanecer 24 horas no edifício. "Volto a dizer que nós não vamos parar. Nós não deixamos ninguém para trás, seja bombeiro militar ou cidadão. E não consideramos encontrá-los sem vida", disse. 

 

De acordo com o tenente-coronel, o trabalho feito pelos 27 bombeiros que atuaram na noite e madrugada passadas permitiu a inclusão de mais agentes no prédio. "Agora, a partir do que fizemos no turno anterior, incluímos mais bombeiros para percorrer novas áreas do edifício. A nossa atuação aqui é totalmente manual. Temos uma equipe de busca e salvamento em estruturas colapsadas para fazer um trabalho minucioso justamente para evitar o risco de queda de estruturas", explicou. 


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