Polícia nega versão de promotor em depoimento sobre Eliseu

Polícia nega versão de promotor em depoimento sobre Eliseu

Eugênio Paes Amorim disse que delegado teria voltado atrás na versão de latrocínio do ex-secretário

Samuel Vettori / Rádio Guaíba

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A Polícia Civil discordou das interpretações do promotor Eugênio Paes Amorim a respeito do depoimento do chefe da corporação, delegado Ranolfo Vieira Júnior, na audiência sobre a morte do ex-secretário da Saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, nessa quarta-feira. Para o representante do Ministério Público (MP), a fala do delegado foi decisiva para endossar a versão dos promotores de que o crime se tratou de uma execução, e não de um latrocínio. Segundo o relato de Amorim, Vieira Júnior admitiu que se baseou em presunções e confirmou que houve pressa na apuração do caso.

A assessoria de imprensa da Polícia Civil deixou claro, nesta tarde, que o delegado, diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) na época do crime, mantém a convicção que o ex-secretário foi vítima de roubo com morte. O delegado depôs na condição de testemunha e seu relato era considerado crucial pela defesa dos 11 réus justamente por defender a tese de latrocínio. Vieira Júnior preferiu não gravar entrevista, segundo a assessoria de imprensa.

Além do delegado e do ex-senador e radialista Sérgio Zambiasi (PTB), outras 24 pessoas prestaram depoimento ontem. A previsão era ouvir 43, mas não houve tempo suficiente. As oitivas terminaram no início da madrugada de hoje e prosseguem em 14 de março, quando serão ouvidas as 17 pessoas restantes. Os réus devem ser ouvidos no dia 25 do mês que vem. Encerrada a última audiência do caso, a juíza decide se o processo vai ou não a júri popular.

A morte de Eliseu vai completar um ano neste sábado. O ex-secretário foi baleado na frente da esposa e da filha, quando saía de um culto, no bairro Floresta, em Porto Alegre.

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