Realização do júri do caso Rafael custou mais de R$ 160 mil ao Judiciário

Realização do júri do caso Rafael custou mais de R$ 160 mil ao Judiciário

Julgamento foi cancelado após a bancada de defesa da ré abandonar o plenário

Correio do Povo

Júri do caso Rafael foi suspenso após defesa deixar plenário em Planalto

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Cancelado após a bancada de defesa da ré abandonar o plenário nesta segunda-feira, o júri do caso Rafael custou aos cofres públicos mais de R$ 160 mil reais, de acordo com o Tribunal de Justiça do RS. O montante, segundo o órgão, envolve a contratação de empresa organizadora de evento, realização de licitação, contratação de link de comunicação de dados (internet), despesas com vigilância, transporte de bens, aluguel, diárias, entre outros serviços.

A organização do julgamento, do ponto de vista da logística, demandou meses para ser estruturada, tendo contado com o envolvimento de aproximadamente 50 colaboradores, entre 15 setores do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) e terceirizados.

Na última semana, as equipes trabalharam para transformar o salão principal do Independente Futebol Clube em um Salão do Júri, já que a sede do Foro da Comarca não comporta um evento de grande porte. No clube, foram realizadas adaptações de pontos lógicos e de elétrica, bem como a colocação de mobiliário, banheiros químicos e gerador, a fim de possibilitar o bom andamento dos trabalhos.

O TJRS afirmou que já adotou providências junto à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para avaliar possíveis medidas de ressarcimento ao erário público em virtude do ocorrido.

Trâmite

Rafael Winques, de 11 anos, foi morto em maio de 2020. A mãe dele, Alexandra Dougokenski, é acusada de cometer homicídio qualificado (motivo torpe, motivo fútil, asfixia, dissimulação e recurso que dificultou a defesa), ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.

Em menos de 1 ano de tramitação, a fase de instrução processual  (oitiva de testemunhas, produção de provas, interrogatório da ré) foi concluída. O processo foi conduzido pela Juíza de Direito Marilene Parizotto Campagna, que decidiu que Alexandra deveria ser julgada pelo júri popular.

O julgamento foi marcado para novembro do ano passado, mas acabou sendo adiado em razão do ataque cibernético sofrido pelo Poder Judiciário e também dos trâmites do processo de licitação para contratação de empresa de apoio ao evento.


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