Sócio da Kiss, Mauro Hoffmann diz que era contra o uso de fogos de artifício
Réu no processo da tragédia da boate, empresário presta depoimento em Porto Alegre
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O empresário contou que chegou na boate – na noite do incêndio – junto com os bombeiros. Disse que ia pouco a boate, apenas para a conferência financeira. Ele revelou que, caso a planta da Kiss (arquitetura) fosse a original, a tragédia teria sido muito maior."
“Eu nunca me senti dono da Kiss”, assegurou, completando: ”Eu ia como frequentador (na Kiss), ficava duas horas, no máximo, e ia embora”. Hoffmann também alegou que sempre confiou em técnicos e, assim como Spohr, criticou o Ministério Público, que liberou o funcionamento da boate, em 2009, a partir de um Termo de Ajustamento de Conduta decorrente de um processo relativo a poluição sonora. “Eu hoje estou sentado aqui porque eu confiei no Ministério Público”, disse.
Os outros três reús assistem à oitiva: Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão, músicos da banda Gurizada Fandangueira e Elissandro Spohr. Hoffmann é o quarto e último réu do processo criminal a ser ouvido. A audiência é presidida pelo titular da 1ª Vara Criminal de Santa Maria, juiz Ulysses Louzada, responsável pelo julgamento, que já ouviu os outros três réus em Santa Maria.
Já os dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira que também respondem na esfera criminal, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, foram ouvidos na semana passada. Os quatro réus são acusados de homicídio qualificado pelo motivo torpe e emprego de fogo, asfixia ou outro meio insidioso ou cruel que possa resultar perigo comum. O incêndio do dia 27 de janeiro de 2013 levou à morte de 242 pessoas e deixou 636 feridas.
Eles são acusados por homicídio com dolo eventual – quando a pessoa assume o risco de matar –, qualificado pelas mortes (por asfixia, incêndio e motivo torpe) e pela tentativa de homicídio.