Santa Maria realiza homenagem às vítimas da boate Kiss

Santa Maria realiza homenagem às vítimas da boate Kiss

Balões foram soltos e sinos da igreja tocaram durante ato

Correio do Povo

Balões foram soltos e sinos da igreja tocaram durante ato

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* Com informações do repórter Renato Oliveira

No dia que completa quatro anos do incêndio na boate Kiss em Santa Maria, o município organizou uma série de homenagens para esta sexta-feira. Entre elas, está os 242 balões que foram soltos nesta tarde em alusão às vítimas da tragédia na casa noturna na madrugada de 27 de janeiro. Familiares, amigos e sobreviventes do fatídico dia participaram da atividade que também contou com o toque dos sinos da igreja.

Na noite dessa quinta-feira, um grupo de familiares, amigos e sobreviventes realizou uma vigília no centro da cidade e fizeram uma caminhada até a frente do prédio onde a casa noturna funcionava.

• Série de homenagens marca quatro anos de tragédia da boate Kiss

O dia também reuniu parentes das vítimas para o engajamento para que casos como esse não se repitam. O processo principal que apura a tragédia foi instruído e julgado, sendo decidido, no dia 27 de julho do ano passado, que os quatro réus serão submetidos a júri popular. As defesas recorreram da decisão de primeiro grau e o recurso está sendo analisado pelo Tribunal. Os réus são os sócios da Kiss Elissandro Spohr e Mauro Londero Hoffmann e os músicos Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Leão. Ao longo do processo, o juiz de Direito Ulysses Fonseca Louzada ouviu 204 pessoas, entre sobreviventes, testemunhas, peritos e réus.

Três bombeiros foram levados a julgamento pelo Tribunal de Justiça Militar do RS, acusados de responsabilidades no incêndio. Um deles foi condenado a um ano e três meses de reclusão e outro, a um ano. O terceiro foi absolvido.

Também tramitam na Justiça processos em que quatro pais de vítimas da tragédia são processados por integrantes do Ministério Público por calúnia e difamação. Já o Instituto Juntos e famílias recorreram à Comissão Interamericana de Direitos Humanos para que agentes públicos que não foram acusados possam ser novamente investigados.

Na madrugada de 27 de janeiro de 2013, a banda que se apresentava na boate acendeu um artefato pirotécnico que teria atingindo o teto, dando início ao incêndio. Conforme denúncia do MP, as centelhas entraram em contato com a espuma altamente inflamável que revestia partes do local, causando o fogo e a emissão de gases tóxicos. No projeto da Kiss em 2009, teriam sido apontadas 29 irregularidades.

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