Secretário de Saúde de Porto Alegre defende avanço das vacinas pelo governo federal

Secretário de Saúde de Porto Alegre defende avanço das vacinas pelo governo federal

Pablo Stürmer disse que já trabalha numa estratégia caso o acordo acerca do imunizante chinês não avance

Rádio Guaíba

Pablo Stürmer disse que já trabalha numa estratégia caso o acordo acerca do imunizante chinês não avance

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Em meio à polêmica envolvendo a aquisição, ou não, da vacina contra a Covid-19 da farmacêutica chinesa Sinovac pelo governo federal, o secretário da Saúde de Porto Alegre, Pablo Stürmer, disse em entrevista à Rádio Guaíba, nesta quarta-feira, que a Capital gaúcha já trabalha na preparação para receber ou adquirir o imunizante contra a doença. Para o secretário, o entendimento do Município é no sentido de aguardar o avanço das vacinas através do Programa Nacional de Imunizações que vai autorizar a distribuição das doses.

“Temos algumas notícias de que talvez o acordo (com a vacina Chinesa) não avance, mas nós temos toda uma preparação de estratégia de vacinação e previsão orçamentária para aquisição, se for o caso. Além disso, temos uma boa relação com o governo de São Paulo, mas entendemos que o correto é o avanço das vacinas pelo Programa Nacional de Imunizações”, afirma Stürmer.

A vacina contra a Covid-19, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã, de São Paulo, está em fase final de testes. Em Porto Alegre, cerca de 1.030 pessoas já foram recrutadas para realização de experimentos no Hospital São Lucas da PUCRS.

Nessa terça-feira, Pablo Stürmer esteve em São Paulo visitando o Instituto Butantan, onde acompanhou de perto os atuais estádios da vacina Coronavac. Atualmente, o imunizante é o que tem apresentado resultados mais avançados no país. Ainda ontem, o secretário esteve reunido com o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, para tratar sobre a vacina produzida pela Fiocruz, em parceria com a Universidade de Oxford.

Impasse

Na terça-feira, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou em reunião com os 27 governadores que a pasta iria comprar 46 milhões de doses da vacina Butantan-Sinovac contra a Covid-19, a ser fabricada pelo Instituto Butantan, de São Paulo. Porém, na manhã desta quarta-feira o presidente da República, Jair Bolsonaro disse que não se justifica um bilionário aporte financeiro num medicamento que sequer ultrapassou sua fase de testagem. Bolsonaro se referiu à fórmula como “a vacina chinesa de João Doria” e que “o povo brasileiro não vai ser cobaia de ninguém”.


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