"Seja qual for, passou pela Anvisa, dou sinal verde para Saúde", diz Bolsonaro sobre vacina

"Seja qual for, passou pela Anvisa, dou sinal verde para Saúde", diz Bolsonaro sobre vacina

Presidente defendeu plano de imunização, mas afirmou que não irá tomar a vacina

AE

Presidente defendeu imunizante, mas afirmou que não irá tomar a vacina

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta tarde que dará "sinal verde" para a compra de qualquer vacina contra a Covid-19, inclusive a Coronavac, que for aprovada pela Anvisa. "Seja qual for (a vacina), passou pela Anvisa eu sou sinal verde para o Ministério da Saúde comprar e botar em prática", disse ao ser indagado se compraria a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan e a chinesa Sinovac. Ele defendeu a não obrigatoriedade do imunizante. "Você tomando a vacina daqui três, quatro anos você vai ter que tomá-la de novo, caso contrário vai ser infectado", disse.

"Nunca fugi da verdade, eu digo: eu não vou tomar a vacina e ponto final. Se alguém acha que a minha vida está em risco o problema é meu e ponto final", disse. Apesar disso, Bolsonaro afirmou que não é contra o imunizante e voltou a defender a tratamento preventivo da doença, com medicamentos sem eficácia comprovada, como a hidroxicloroquina. "Eu Jair Bolsonaro não sou contra a vacina, mas sou plenamente favorável a esse tratamento preventivo que nós temos no Brasil", disse.

Bolsonaro citou que, no seu entender, o Brasil já quase atingiu a imunidade de rebanho. Ele atribui a recente alta de casos e mortes pela Covid-19 a um relaxamento pós-eleições. "Ou seja, daqui para frente é o final da pandemia. Os números subiram um pouco agora, sim subiram, até porque durante o finalzinho da campanha o povo ficou bastante à vontade e quem estava em casa cansou de ficar em casa e foi para a rua."

O presidente voltou a repetir que economia e saúde precisam andar "de mãos dadas". Ele fez ainda um apelo para governadores e prefeitos para que "não fechem tudo". "Se fizer outro lockdown, outro fechamento no Brasil, nós em Brasília não vamos aguentar. O auxílio emergencial quando era R$ 600 custava para todos os brasileiros o endividamento de quase R$ 50 bilhões por mês", disse.

Sem imunização

O presidente Jair Bolsonaro disse ainda em entrevista que não vai tomar a vacina contra a Covid-19. Ele já foi diagnosticado com a doença em julho, mas cientistas ainda não sabem por quanto tempo as pessoas ficam protegidas de se infectar novamente. 

Sobre tomar a imunização, Bolsonaro tem repetido que não haverá obrigatoriedade de tomar a vacina, tema que será discutido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) esta semana. A postura é diferente de outros líderes, como os ex-presidentes americanos Barack Obama, George Bush e Bill Clinto, que disseram que pretendem tomar o imunizante com cobertura das TVs, como forma de aumentar a confiança da população.


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