Varíola do macaco: Anvisa alerta clínicas de reprodução assistida por risco de contaminação

Varíola do macaco: Anvisa alerta clínicas de reprodução assistida por risco de contaminação

Agência ressaltou que, mesmo sem ter comprovação, existe potencial para a doença ser transmitida por material biológico

Agência Brasil

Doadores de óvulos e espermatozoides devem esperar 21 dias após infecção e não ter lesões

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou nota técnica com orientações aos centros de reprodução humana (CRHA) assistida envolvendo a varíola do macaco.

Segundo a agência, embora nenhum caso de transmissão do vírus por meio de células de embriões, sangue ou tecidos tenha sido confirmado, existe potencial para a transmissão por material biológico. A suspeita está baseada em estudos científicos limitados, ou seja, que estão disponíveis neste momento.

Por medida de precaução, a Anvisa recomenda que pessoas com sintomas da doença não doem embriões e gametas pelo período mínimo de 21 dias após o início dos sintomas e a cura total das lesões.

Pacientes assintomáticos que tenham contato com pessoas com casos suspeitos ou confirmados devem evitar a doação também por 21 dias, a partir do último dia de exposição ao vírus.

"A nota técnica alerta aos médicos, aos responsáveis pelos CRHA e aos pacientes que observem sinais ou sintomas sugestivos da doença, ou mesmo se os pacientes tiveram contatos com pessoas ou animais doentes, para que possam realizar criteriosa avaliação de riscos e benefícios, considerando as possíveis complicações relacionadas à infecção com MPXV [vírus da varíola] durante a gravidez", informa a Anvisa.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, destacou que o fato de não existir um tratamento específico para a doença não quer dizer que ela não tenha tratamento. Segundo Queiroga, sintomas como dor podem ser amenizados com medidas específicas.


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