Ação de países latino-americanos na ONU quer promover o isolamento de Maduro
Grupo pretende discutir violações de direitos humanos do governo venezuelano
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Caso a resolução seja votada, o Brasil votará a favor, uma vez que o governo brasileiro mantém seu “absoluto repúdio à violação sistemática” de direitos humanos por parte do governo do presidente Nicolás Maduro, como costumam repetir os negociadores brasileiros.
Os diplomatas que estão à frente das negociações, no entanto, afirmam haver a preocupação de que a Venezuela obtenha apoio junto aos países não alinhados, que englobam 115 nações entre africanos e asiáticos, além da Rússia e outros, o que poderia levar à rejeição da proposta.
Na visão brasileira, mesmo que aprovada, se a resolução obtiver número expressivo de votos contrários, não haverá contribuição para o reforço da pressão internacional contra o regime venezuelano.
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Grupo de Lima
O Grupo de Lima solicitou ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas para iniciar as consultas para discussão sobre o assunto na próxima semana. O objetivo é que órgão promova avaliações de denúncias e crimes envolvendo o governo venezuelano. Com uma eventual aprovação no Conselho de Direitos Humanos, os países latino-americanos esperam que, pressionado, Maduro se fragilize e fique cada vez mais no isolamento.
A crise na Venezuela é tratada com frequência nas sessões da Organização dos Estados Americanos (OEA). Os representantes do Brasil costumam se manifestar, ressaltando casos de violações de direitos humanos, situações específicas de desrespeito aos dissidentes políticos, a ausência de liberdade de expressões, a falta de alimentos e o êxodo causado pelos imigrantes na região.
Nesta resolução, por exemplo, venceu a proposta sobre os problemas relativos à insegurança no país. Os brasileiros defenderam dar prioridade à abordagem sobre violações de direitos humanos. O texto tem 18 propostas, todas já reiteradas em várias oportunidades com apoio do Brasil.
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Do lado venezuelano, os representantes de Maduro alegam que há um conluio organizado pelos Estados Unidos e Colômbia para desestabilizar o país. Com apoio dos não alinhados, o presidente da Venezuela promete reagir.