Ativistas e opositores criticam acordo de migração entre México e EUA

Ativistas e opositores criticam acordo de migração entre México e EUA

Oposição mexicana alega que acordo militariza fronteira sul do país

AFP e Correio do Povo

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Defensores dos migrantes e políticos da oposição mexicana criticaram, neste sábado, o acordo de migração alcançado pelo governo de Andrés Manuel López Obrador com os Estados Unidos, alegando que militarizou a fronteira sul do país. "Neste acordo, os migrantes servem como moeda de troca. Estão criminalizando o fenômeno migratório. Vão militarizar a fronteira e prender mulheres e meninas", disse Luis Rey Villagrán, ativista que defende os direitos dos migrantes, à AFP. "É atropelar a soberania nacional", acrescentou.

Na sexta-feira à noite, o México chegou a um pacto com Washington que suspende as tarifas que o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou impor às exportações mexicanas a partir de 10 de junho. O líder do partido opositor PAN, Marko Cortés, também criticou o posicionamento da Guarda Nacional na fronteira sul.

"Parece que os presidentes usaram o medo de seu povo para chegar a um acordo - México, o (medo) econômico, e os Estados Unidos, o (medo do) migrante, em uma ação judicial, em que o governo mexicano foi forçado a cumprir a implantação de um muro militar no sul", disse ele no Twitter.

Cortés também criticou, no Twitterr, o acordo por especificar apenas os migrantes. "O presidente tem que explicar se o pacto inclui deter o tráfico ilegal de armas do EUA ao México, ou somos apenas receptores temporários de migrantes deportados que esperam seu asilo."

Hoje à tarde, López Obrador deve ir à fronteira de Tijuana para celebrar o acordo com os Estados Unidos.


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