Cuba recebe como heróis primeiros médicos que retornam do Brasil
Trata-se do primeiro grupo dos mais de 8,3 mil cubanos que devem deixar o país até 10 de dezembro
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"Nas primeiras horas de sexta-feira começam a chegar à Pátria os apóstolos da saúde cubana que são #MasQueMedicos. Nossa homenagem aos homens e mulheres que fizeram história no Brasil. Bem-vindos pra casa", tuitou Díaz-Canel.
En las primeras horas del viernes comienzan a llegar a la Patria los apóstoles de la salud cubana que son #MasQueMedicos. Nuestro homenaje a los hombres y mujeres que hicieron historia en Brasil. Bienvenidos a casa. #SomosCuba
— Miguel Díaz-Canel Bermúdez (@DiazCanelB) 22 de novembro de 2018
O voo da Cubana de Aviación, um IL-96-300 de fabricação russa, aterrissou em Havana às 5h15min locais (8h15min em Brasília) depois de um trajeto de quase sete horas de voo. Trata-se do primeiro grupo dos mais de 8,3 mil cubanos que devem deixar o Brasil até 10 de dezembro, depois que Havana decidiu se retirar do acordo mantido pela Organização Panamericana de Saúde (Opas) há cinco anos com o Brasil.
"Voltamos hoje, e assim farão nossos colegas, com toda honra e dignidade do mundo. Nunca permitiremos ameaças, nem que questionem o humanismo e o profissionalismo com que atendemos nossos pacientes brasileiros", disse um dos médicos ao Juventud Rebelde, ao desembarcar.
Bolsonaro condicionou a permanência dos médicos a uma revalidação de seu diploma e a contratos individuais com o governo brasileiro, que lhes permita receber o salário integral, assim como liberdade para levarem suas famílias para o Brasil.
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Cuba paga a seus médicos no exterior 30% do que recebem por seu trabalho, mantém seu posto de trabalho e salário na Ilha e dedica o restante dos recursos ao orçamento público, sobretudo, para o apoio de um sistema de saúde gratuito e universal para seus cidadãos.
A exportação de mão de obra profissional é a primeira atividade da economia cubana, que proporcionou mais de 10 bilhões de dólares anuais ao orçamento estatal. Esse montante baixou consideravelmente nos últimos anos, porém, devido à crise da Venezuela, onde trabalham milhares de médicos cubanos.
Desde que a decisão de Cuba foi anunciada, a imprensa local faz uma intensa campanha sobre o tema com fortes acusações contra Bolsonaro.