Estados Unidos adverte China de não criar uma nova Tiananmen
John Bolton fez referência aos atuais protestos pró-democracia
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O assessor de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, advertiu a China para não criar uma "nova Tiananmen" com sua resposta aos protestos pró-democracia em Hong Kong, em alusão à violenta repressão de manifestantes nessa praça de Pequim há 30 anos. "Os chineses têm que olhar com muito cuidado os passos que tomam porque as pessoas nos Estados Unidos lembram da Praça Tiananmen, lembram da imagem do homem parado em frente à fila de tanques", disse Bolton nesta quinta-feira.
As forças chinesas sufocaram brutalmente os protestos em favor da democracia na Praça de Tiananmen de Pequim em 1989, uma repressão que ficou imortalizada na imagem de um homem desarmado em frente aos tanques. "Seria um grande erro criar uma nova lembrança como essa em Hong Kong", disse Bolton. Hong Kong, uma ex-colônia britânica que passou para as mãos da China em 1997, atravessa sua pior crise política desde então, com milhões de pessoas protestando nas ruas desde o começo de junho para exigir maiores liberdades, o que gerou temores de uma intervenção direta de Pequim.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quinta-feira que uma reunião entre o líder chinês Xi Jinping e os ativistas pró-democracia de Hong Kong poderia levar a um "final feliz" para os protestos.
If President Xi would meet directly and personally with the protesters, there would be a happy and enlightened ending to the Hong Kong problem. I have no doubt! https://t.co/eFxMjgsG1K
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) August 15, 2019