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Maduro diz que plano de defesa contra ameaças dos Estados Unidos foi acionado

Venezuela concluiu exercícios militares realizados nos quatro estados que faltavam para cobrir todo o território

Washington acusa Maduro de liderar cartéis de drogas
Washington acusa Maduro de liderar cartéis de drogas Foto : FEDERICO PARRA / AFP

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou neste sábado (18) que o plano de defesa nacional contra as "ameaças" dos Estados Unidos foi acionado em todo o país. O anúncio foi feito após a conclusão dos exercícios militares realizados nos quatro estados que faltavam para cobrir todo o território venezuelano.

A mobilização militar ocorre em resposta à operação antinarcóticos que Washington iniciou em agosto, com sete navios de guerra em águas internacionais do Caribe, próximas à costa venezuelana. Caracas considera a presença naval americana uma "ameaça" que visa pressionar por uma "mudança de regime".

Conclusão das manobras militares

Em um áudio divulgado no Telegram, Maduro declarou:

"Hoje completamos todas as zonas de defesa integral do país, todos os estados".

O presidente costuma anunciar manobras militares frequentes, muitas vezes amplamente divulgadas nas redes sociais.

Os exercícios da madrugada de sábado se concentraram nos estados de Guárico, Cojedes, Barinas e Portuguesa (região central). As manobras, que acontecem predominantemente durante a madrugada, envolvem milhares de agentes, incluindo militares, polícia, Proteção Civil e um corpo militar integrado por civis.

Durante a semana, já haviam ocorrido exercícios na fronteira com a Colômbia, com a mobilização de 17.000 militares, além de atividades em Amazonas, Mérida, Trujillo, Lara e Yaracuy (oeste).

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Escala de tensão com os Estados Unidos

A escalada de tensão começou após Washington acusar Maduro de liderar cartéis de drogas. Relatos indicam que seis embarcações de supostos "narcoterroristas" foram atacadas pelos navios americanos, resultando em pelo menos 27 mortos.

A situação se agravou na quarta-feira (15), quando o presidente Donald Trump confirmou que autorizou operações da CIA contra a Venezuela. Trump também afirmou que cogitava a possibilidade de realizar ataques terrestres contra cartéis de drogas que operam no país sul-americano.