Ministério Público espanhol anuncia ações criminais contra dirigentes catalães

Ministério Público espanhol anuncia ações criminais contra dirigentes catalães

Todo o material destinado a organizar a consulta passará por intervenção

AFP

MP quer intervenção em todo o materia de campanha do referendo

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O Ministério Público espanhol está preparando "ações criminais" contra os dirigentes catalães, promotores do referendo de independência de 1º de outubro, e ordenará uma intervenção em todo material destinado a organizar a consulta - anunciou o procurador-geral, José Manuel Maza, nesta quinta-feira.

"Vão entrar em curso os mandatos para que a Polícia judicial intervenha nos efeitos, ou nos instrumentos destinados a preparar, ou realizar, o referendo ilegal", disse o procurador-geral em uma rápida coletiva de imprensa em Madri.

Em reação, o porta-voz do governo catalão denunciou o "estado de sítio disfarçado" implantado na Espanha. "A partir de agora, nos sentimos convocados, frente a esse estado de sítio disfarçado, a defender os direitos mais fundamentais", declarou o porta-voz Jordi Turull, ressaltando que "isso não altera em nada o que está previsto pelo governo" para 1º de outubro.

Na sequência, o chefe de Governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou hoje em Madri que a convocação de um referendo de autodeterminação na Catalunha é um "ato intolerável de desobediência às instituições democráticas". Rajoy anunciou que seu governo pedirá à Corte Constitucional para "anular" o decreto sobre a organização da consulta, acrescentando que todos os prefeitos da região serão "avisados sobre seu dever de impedir, ou paralisar", a organização dessa votação.

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