Neonazista que matou ativista em Charlottesville pega prisão perpétua

Neonazista que matou ativista em Charlottesville pega prisão perpétua

James Alex Fields se declarou culpado de 29 acusações de crimes de ódio

AFP

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Um neonazista americano que matou uma ativista quando avançou com seu carro contra um grupo de contra-manifestantes durante um ato de supremacia branca foi condenado à prisão perpétua, sem liberdade condicional, nesta sexta-feira. James Alex Fields Jr, 22 anos, se declarou culpado das 29 acusações de crimes de ódio em um acordo com procuradores que eliminaram a possibilidade de uma pena de morte. As acusações são ligadas às 29 pessoas que ficaram feridas quando ele avançou de carro sobre uma multidão em Charlottesville, Virgínia, em 12 de agosto de 2017, matando Heather Heyer, de 32 anos.

De acordo com o canal de notícias local CBS6, o juiz Michael Urbanski disse que Fields era "um jovem profundamente perturbado" com uma história de violência e liberá-lo de volta à sociedade seria "um risco muito grande a ser enfrentado". Dirigindo-se ao tribunal, Fields disse: "Eu gostaria de me desculpar por minhas ações", acrescentou o canal.

Ele será condenado por homicídio doloso em um tribunal estadual em julho.

Em outubro passado, ativistas se reuniram em oposição a um grupo de supremacistas brancos que vieram à cidade universitária para protestar contra a remoção de uma estátua da Confederação. O presidente Donald Trump foi muito criticado após a confusão, quando falou em "culpa de ambos os lados", aparentando estabelecer uma equivalência moral entre os supremacistas brancos e aqueles que se opunham a eles. O incidente transformou Charlottesville em um símbolo da crescente audácia da extrema-direita sob Trump. Fields tinha viajado durante a noite de sua cidade natal Maumee, em Ohisista.


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