Polônia diz ser "muito provável" que míssil que caiu no país seja da Ucrânia

O presidente da Polônia, Andrzej Duda, disse nesta quarta-feira (16) que é "muito provável" que o míssil que caiu em seu território, em uma cidade na fronteira ucraniana, seja da defesa antiaérea da Ucrânia. "Absolutamente nada indica que este foi um ataque intencional contra a Polônia (...) É muito provável que tenha sido um foguete usado pela defesa antimísseis, o que significa que foi usado pelas forças de defesa da Ucrânia", disse ele durante uma coletiva de imoprensa em Varsóvia. 

Duda acrescentou que "provavelmente o míssil foi fabricado na União Soviética" e seja do modelo S300. "Ontem testemunhamos um ataque massivo contra a Ucrânia. Todo o território ucraniano foi bombardeado, especialmente as áreas próximas às fronteiras ucranianas", disse o presidente. "A Ucrânia estava se defendendo do ataque, então a culpa por todo o incidente é da Rússia", considerou o polonês, ressaltando que, de acordo com os resultados iniciais da investigação, "não se tratou de uma explosão clássica de míssil".

Já na manhã dessa terça, após reunião do Conselho de Segurança da Polônia convocada primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, Duda declarou que "é improvável que o ocorrido se repita" e disse considerar que não foi o início de uma crise organizada ou ataque intencional. Morawiecki, afirmou que "a maioria das evidências que reunimos indicam que não será necessário invocar o Artigo IV da Otan neste momento." Esse artigo prevê consultas entre aliados quando estiver ameaçada "a integridade territorial, a independência política ou a segurança de qualquer uma das partes".

O chefe da Otan, Jens Stoltenberg, concorda com a hipótese de que os sistemas de defesa aérea da Ucrânia teriam sido acionados, mas afirmou que não há indícios de que a explosão tenha sido resultado de um ataque deliberado.