Policial é acusado da morte de Breonna Taylor em tiroteio nos EUA

Policial é acusado da morte de Breonna Taylor em tiroteio nos EUA

Juíza determinou a prisão de Brett Hankison e uma fiança de 15 mil dólares

AFP

Taylor morreu em sua própria casa na noite de 13 de março, quando os policiais entraram com um mandado especial, vestidos à paisana

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Uma juíza de Kentucky indiciou um policial, nesta quarta-feira, com acusações criminais, pelo caso de Breonna Taylor, uma americana negra que morreu baleada em sua casa em março durante uma intervenção, que foi denunciada nas manifestações contra o racismo nos Estados Unidos.

A juíza Annie O'Connell anunciou as acusações por "conduta perigosa" ao próximo contra Brett Hankison, um dos três policiais envolvidos no tiroteio. Essa acusação é menos grave do que uma acusação de homicídio.

O caso de Taylor foi especialmente lembrado durante a onda de protestos contra a violência policial e o racismo que abalou os Estados Unidos depois da morte de George Floyd em 25 de maio - um americano negro que morreu asfixiado por um policial branco em Minneapolis.

O advogado da família Taylor, Ben Crup, expressou sua indignação pelas acusações, destacando que elas se devem ao fato de as balas terem chegado a outros apartamentos, mas não estão relacionadas com a morte de Taylor. "Isso é escandaloso e ofensivo!", disse no Twitter.

A juíza determinou a prisão do policial e estabeleceu uma fiança de 15.000 dólares. O policial foi demitido em junho, assim como os outros dois que o acompanhavam.

Taylor, uma enfermeira de 26 anos, morreu em sua própria casa na noite de 13 de março, quando os policiais entraram com um mandado especial, vestidos à paisana. O namorado de Taylor atirou contra eles porque, segundo ele, pensou que eram ladrões. Os policiais, que não estavam com a câmera reguladora ativada, dispararam várias vezes contra Taylor.

Na semana passada, a família da vítima chegou a um acordo civil com a cidade de Louisville para receber uma indenização de 12 milhões de dólares. A cidade de 600 mil habitantes está sob estado de emergência e a maior parte do centro está restrita ao tráfego.

A morte de Taylor não chamou muita atenção midiática no momento, mas o caso ganhou notoriedade após as manifestações em massa contra o racismo.


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