Taiwan denuncia incursão de aviões militares chineses em sua zona de defesa aérea

Taiwan denuncia incursão de aviões militares chineses em sua zona de defesa aérea

Ação ocorre após visita da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi

AFP

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Taiwan denunciou nesta quarta-feira a entrada de 27 aviões militares chineses em sua zona de defesa aérea, um dia após a visita da presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos a esta ilha considerada por Pequim como parte de seu território. "Vinte e sete aviões do ELP (Exército de Libertação Popular) entraram em 3 de agosto de 2022 no perímetro" do espaço aéreo de Taiwan, informou no Twitter o Ministério da Defesa.

Ontem, 21 incursões chinesas foram relatadas pelo governo de Taipei em sua Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ).  Nancy Pelosi chegou a Taipé na terça-feira à noite e partiu nesta quarta-feira, tornando-se a principal autoridade americana a visitar a ilha em 25 anos. Antes de sua chegada ao aeroporto de Songshan, Pequim usou uma linguagem cada vez mais belicosa, ameaçando "consequências" e exibindo seu poderio militar. 

A China organizou exercícios com munição real no fim de semana no Estreito de Taiwan, quando Hu Xijin, ex-editor do tabloide nacionalista Global Times, sugeriu que Pequim poderia "desviar à força" o avião de Pelosi ou até "derrubá-lo".  Mas analistas disseram à AFP que por trás das declarações está a insegurança. As autoridades chinesas se sentem ameaçadas pelo que consideram um esforço crescente dos Estados Unidos e seus aliados ocidentais para se aproximar de Taiwan e promover sua independência. 

Ao mesmo tempo, o presidente chinês Xi Jinping tenta projetar força contra os Estados Unidos, seu principal rival militar e econômico, antes de uma reunião importante neste ano, na qual deve garantir seu terceiro mandato como chefe de Estado.


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