O alívio e a alegria tomaram conta de Israel nesta segunda-feira com a libertação de 20 reféns israelenses que estavam no cativeiro do Hamas. Apesar do cessar-fogo e da troca de prisioneiros, a guerra não é considerada completamente encerrada. Exatamente por isso, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está no Egito para discutir o futuro da Faixa de Gaza e, principalmente, se o grupo palestino irá se desarmar.
A cúpula ocorrerá em Sharm el-Sheikh e terá a presença do presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi. Líderes de 20 países e o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, também estarão no encontro.
Trump convidou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para a cúpula no Egito, mas o primeiro-ministro recusou por conta da proximidade do feriado judaico de Simchat Torá. O dia de hoje também foi marcado pelo retorno de prisioneiros palestinos ao território de Gaza. Ainda assim, Israel aguarda para hoje a devolução de quatro corpos de israelenses mortos durante a guerra.
Antes da ida ao Egito, Trump e Netanyahu discursaram. Trocaram elogios e exaltaram os esforços para o cessar-fogo e o retorno seguro dos reféns.
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"Isso é mais do que o fim de uma guerra. É o fim de uma era de terror e morte e o início de uma era de fé e paz. É um triunfo incrível para Israel e para o mundo”, afirmou o político republicano. "Há anos muitas famílias desta terra não têm um único dia de paz verdadeira o longo e doloroso pesadelo finalmente terminou", completou.
Trump destacou que negociar com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não foi fácil. “Nada disso teria acontecido sem Netanyahu. Ele é um negociador difícil, mas só assim a gente sabe que ele é grande”, comentou.
O chefe de Estado norte-americano lamentou que tenha “herdado” esta guerra. “Esta é uma guerra que herdei. Se tivesse sido eleito antes, nada disso teria acontecido”, pontuou antes de mirar a resolução do conflito entre Rússia e Ucrânia. “É uma situação que vamos resolver em breve. Marquei reuniões com o presidente Putin achando que seria de fácil solução, mas não foi bem assim. Minha personalidade é toda voltada para acabar com guerras; parece funcionar”, acrescentou.
Um parceiro para Gaza e o pedido
Em seu discurso, Trump afirmou que pretende ser um parceiro no esforço de reconstruir Gaza, e enfatizou que o enclave será imediatamente desmilitarizado e o Hamas, desarmado. De acordo com Trump, os EUA dispõem das melhoras armas do mundo e “demos muitas delas a Israel”.
Trump pediu ao povo palestino que se distancie do “terrorismo e da violência” após o cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. “A escolha para os palestinos não poderia ser mais clara”, disse. “É a oportunidade deles de se afastar para sempre do caminho do terrorismo e da violência”, alertou.
Netanyahu declarou nesta segunda-feira que "nenhum presidente dos EUA fez tanto por Israel quanto Donald Trump" e que a proposta de paz do republicano cumpre todos os objetivos de Israel para a paz.
"O Hamas entende que o ataque contra Israel foi um grave erro e esta é a base para uma boa paz: paz através da força", disse Netanyahu ao Parlamento israelense.
Na ocasião, o presidente do parlamento, Amir Ohana, pediu que todos os presidentes de Câmaras e Parlamentos ao redor do mundo endossem a candidatura de Trump para o prêmio Nobel da Paz. "Trump, você é a epítome da paz. Jamais alguém chegou perto de fazer tanto quanto você pela causa", afirmou.