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Trump volta a falar de “boa conversa” com Lula e diz que Brics é ameaça ao dólar

Presidente estadunidense costuma usar tarifas como forma de retaliação

Trump afirma que Brics é ameaça ao dólar
Trump afirma que Brics é ameaça ao dólar Foto : Andrew Caballero-Reynolds / AFP / CP

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a dizer que teve uma "boa conversa" com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em comentários antes da reunião bilateral com o presidente da Argentina, Javier Milei, nesta terça-feira, 14, em Washington. No entanto, Trump disse que o Brics realizou um "ataque ao dólar" e, por isso, ameaçou tarifas contra os países do grupo.

O presidente Lula já pediu a Trump a revogação da sobretaxa de 40% sobre as exportações brasileiras aos EUA e das punições com cassação de vistos e a Lei Magnistky.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reúne nesta semana com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio.

A reunião será liderada pelos chanceleres, mas com integrantes das duas equipes diplomáticas. Estão na pauta temas de interesse comum na esfera econômico-comercial, mas também outras prioridades regionais.

Para integrantes do governo Lula, eles podem já começar a discutir, além do tarifaço e das sanções a autoridades brasileiras, um possível acordo na exploração de minerais críticos (com foco em reservas nacionais de terras raras), e os planos de regulação de big techs no País e até a crise na Venezuela.

Argentina

Trump afirmou que a ajuda financeira para a Argentina depende do resultado das eleições legislativas de 26 de outubro, que determinarão se seu homólogo visitante, Javier Milei, conseguirá aprovar reformas econômicas difíceis.

"Seus números nas pesquisas estão bastante bons, mas acho que ficarão ainda melhores depois disso", disse Trump ao receber o ultraliberal Milei na Casa Branca, dias depois de sua administração anunciar uma ajuda de 20 bilhões de dólares (R$ 110 bilhões) por meio de troca de moedas e da compra de pesos no mercado.

"Nossas decisões estão sujeitas a quem vencer as eleições, porque se um socialista vencer, a sensação é muito diferente quanto a fazer o investimento", explicou Trump antes de um almoço de trabalho com Milei e sua equipe.

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