Ucrânia proporá aos EUA mudanças no acordo sobre minerais

Ucrânia proporá aos EUA mudanças no acordo sobre minerais

No domingo, Trump alertou que Zelesnki estaria em "grandes apuros" se Kiev rejeitasse a última proposta dos EUA

AFP
Os dois países deveriam ter assinado um acordo no mês passado sobre a extração de minerais

Os dois países deveriam ter assinado um acordo no mês passado sobre a extração de minerais

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A Ucrânia trabalha em mudanças em um projeto de acordo com os Estados Unidos sobre o acesso preferencial aos recursos naturais do país, disse uma alta autoridade ucraniana à AFP nesta segunda-feira, 31, depois que Donald Trump alertou Kiev para não rejeitar sua proposta. Os dois países deveriam ter assinado um acordo no mês passado sobre a extração de minerais estrategicamente importantes da Ucrânia, até que uma discussão televisionada entre Trump e o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, atrapalhou o acordo.

No domingo, Trump alertou Zelensky que ele estaria em "grandes apuros" se Kiev rejeitasse a última proposta dos EUA, cujos detalhes não foram divulgados por nenhum dos lados. "Tentaremos transmitir as propostas ucranianas ainda esta semana", disse a autoridade, que falou sob condição de anonimato, nesta segunda-feira.

Indicou ainda que houve negociações online com o lado americano na sexta-feira e que a equipe ucraniana se reportaria a Zelensky "hoje ou amanhã". "Então prepararemos a nossa posição e a enviaremos" aos Estados Unidos, acrescentou.

Questionada se a Ucrânia considerava a última proposta dos EUA um mau acordo, a fonte respondeu: "Ainda não está muito claro; é apenas a fase inicial". Trump quer que o acordo - que concederia aos Estados Unidos royalties sobre os lucros da mineração ucraniana de recursos e minerais raros - seja fechado como compensação pela ajuda militar e financeira fornecida à Ucrânia por seu antecessor, Joe Biden.

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A fonte ucraniana disse que a última advertência de Trump pode ter sido um "mal-entendido" e afirmou que Trump provavelmente estava "comentando mais sobre a Otan". As autoridades ucranianas têm relutado em criticar Trump ou os Estados Unidos após a discussão do mês passado na Casa Branca, que levou Washington a cortar temporariamente a ajuda militar e o compartilhamento de inteligência com Kiev.

A fonte também disse à AFP que a Europa estava interessada no acordo, após relatos de que algumas de suas disposições poderiam contrariar os compromissos da Ucrânia com a União Europeia, à qual pretende aderir. "O acordo deve levar em conta as nossas obrigações no contexto da associação com a UE e o movimento da Ucrânia em direção à UE", disse a fonte.


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