UE diverge dos EUA em relação às colônias israelenses
Mais cedo, governo americano deixou de considerar que territórios violam direitos internacionais
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A União Europeia reafirmou, nesta segunda-feira, sua condenação à política de colonização israelense, depois que os Estados Unidos decidiram deixar de considerá-la contrária ao direito internacional. "A posição da União Europeia sobre a política de colonização israelense no território palestino ocupado é clara e permanece inalterada: toda atividade de colonização é ilegal em relação ao direito internacional e compromete a viabilidade da solução de dois Estados e as perspectivas de uma paz duradoura, como reafirma a resolução 2334 do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, em uma declaração publicada em Bruxelas.
"A UE pede a Israel que ponha fim a toda atividade de colonização, conforme suas obrigações como potência ocupante", acrescentou. "A UE continuará apoiando a retomada de um processo construtivo para uma solução negociada que preveja dois Estados, o único meio realista e viável de cumprir com as aspirações legítimas das duas partes", concluiu.
Mogherini replicou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que declarou que "o estabelecimento de assentamentos civis israelenses na Cisjordânia não é, em si mesmo, incompatível com o direito internacional". Na quarta-feira, Pompeo deve visitar Bruxelas para uma reunião com seus homólogos dos países-membros da OTAN.
.@SecPompeo: After carefully studying all sides of the legal debate, this Administration agrees with President Reagan. The establishment of Israeli civilian settlements in the West Bank is not per se inconsistent with international law. pic.twitter.com/3KVqnQ04WO
— Department of State (@StateDept) November 18, 2019