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Venezuela denuncia plano da CIA pra atacar navio dos EUA em Trinidad e Tobago

Objetivo seria incriminar o governo de Nicolás Maduro

Venezuela classificou como provocação a presença de navios militares norte-americanos próximo de sua costa oriental
Venezuela classificou como provocação a presença de navios militares norte-americanos próximo de sua costa oriental Foto : Martin Bernetti / AFP / CP

A Venezuela denunciou, nesta segunda-feira, 27, que desmantelou uma suposta "célula criminosa" vinculada à CIA que buscava atacar o navio americano atracado em Trinidad e Tobago para exercícios militares e incriminar o governo de Nicolás Maduro. O chanceler Yván Gil afirmou em comunicado que informou Port of Spain sobre esta alegada "operação de falsa bandeira", um dia após o governo anunciar a prisão de "um grupo de mercenários" ligados à agência de inteligência americana (CIA).

"Em nosso território está sendo desmantelada uma célula criminosa financiada pela CIA vinculada a esta operação encoberta", declarou Gil. Donald Trump aprovou há alguns dias operações encobertas da CIA na Venezuela e estuda ataques terrestres, como parte de operações contra o narcotráfico no Caribe que incluem bombardeios a 10 supostas narcolanchas, resultando em 43 mortes.

A Venezuela, no entanto, insiste que essas manobras têm como objetivo a derrubada de Maduro. O desdobramento americano no Caribe consiste em sete navios de guerra, aos quais se juntará o porta-aviões Gerald R. Ford, o maior do mundo.

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Um desses navios, o USS Gravely, chegou a Port of Spain no sábado e permanecerá lá até 30 de outubro para exercícios conjuntos com forças trinitinas. A Venezuela classificou como provocação sua presença a poucos quilômetros de sua costa oriental.

Gil disse que "informou claramente ao governo de Trinidad e Tobago sobre a operação de falsa bandeira dirigida pela CIA: atacar um navio militar americano estacionado na referida ilha e depois culpar a Venezuela, para justificar uma agressão contra nosso país".