Advogado diz que paciente que pode ter sido vítima de anestesista recebeu elogio por tatuagem

Advogado diz que paciente que pode ter sido vítima de anestesista recebeu elogio por tatuagem

Segundo Joabs Sobrinho, o médico que está preso por estupro se comportou de forma incomum durante o procedimento

R7

Anestesista foi preso em flagrante em hospital

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A primeira paciente atendida no último domingo pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso pelo estupro de uma paciente durante um parto cesárea, prestou depoimento à polícia nesta quinta-feira. Ela confirmou ter sido sedada pelo médico e ficado desacordada durante a cirurgia. 

O advogado da mulher, que teve a identidade preservada, disse à imprensa que ela percebeu um comportamento estranho por parte do anestesista. "Ele (Giovanni) não deixou o enfermeiro colocar a sonda. Isso não é coisa de anestesista. Ele começou a elogiar a tatuagem dela. Ele falou que ela tomaria a injeção sentada. Ela já teve outro filho e sabe que é deitada. Ela também falou que estava suja e com vergonha, e ele falou: 'Eu te limpo'. Isso também não é função do anestesista, é do enfermeiro", disse o advogado Joabs Sobrinho.

A vítima que aparece nas imagens feitas pela equipe médica sendo abusada sexualmente foi a terceira paciente a ser atendida pelo anestesista no dia do crime. Ela ainda não prestou depoimento, mas o marido está em contato direto com os investigadores.

Segundo informações da Record TV Rio, após obter os relatos de cinco pacientes e nove testemunhas, a delegada Bárbara Lomba, responsável pela investigação, suspeita que Giovanni tenha cometido os mesmos atos com as três mulheres levadas para o centro cirúrgico no dia do flagrante.

A polícia já pediu aos hospitais onde o médico trabalhou a relação de pacientes atendidas por ele. Em uma das unidades de saúde, a lista é de 40 mulheres. A delegada disse que ainda não é possível afirmar que elas tenham sido vítimas de abuso, mas todas serão ouvidas no inquérito que investiga o caso.

Segundo o cadastro nacional de médicos, Giovanni atuou nos últimos três anos como clínico geral, ginecologista e mastologista. O anestesista está preso preventivamente em uma cela individual em Bangu 8, na zona oeste do Rio, após ter sido hostilizado por outros detentos ao dar entrada na unidade. 


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