Avião e helicóptero de narcotraficante foragido são apreendidos em São Borja
Reportagem apurou que aeronaves pertenceriam a Eike Conrad Dubal, vinculado ao PCC e ao Cartel de Sinaloa
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A Polícia Civil confirmou, nesta quarta-feira, que apreendeu um avião experimental e um helicóptero, localizados nas imediações de um aeroclube em São Borja, na fronteira Oeste. As aeronaves, segundo a corporação, são avaliadas em mais de R$ 1 milhão.
Ainda conforme as fontes policiais, as investigações tiveram início a partir de uma ocorrência acerca do incêndio de um Toyota Corolla prata, no último sábado, e o posterior desaparecimento de um casal que o tripulava. Um dos desaparecidos, o homem, possui antecedentes por tráfico de drogas e estava na condição de foragido.
Contatada pela reportagem, a delegada Elisandra Mattoso Batista, titular da 1ª Delegacia de Polícia de São Borja (1ªDP), não quis dar mais detalhes sobre o caso.
Quem é o foragido
Conforme foi apurado pelo Correio do Povo, as duas aeronaves e o veículo incendiado pertenceriam ao traficante Eike Conrad Dubal, de 26 anos. Procurado pela Interpol, após fugir do Presídio Estadual de São Borja, ele foi localizado e preso no aeroporto de Posadas, na Argentina, no dia 1º de outubro de 2021.
Em janeiro de 2022, Dubal foi extraditado para o Brasil e encaminhado para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Segundo a Polícia Federal, o criminoso tem vínculos com a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) e com o cartel mexicano de Sinaloa, liderado pelo narcotraficante Joaquín Guzmán, mais conhecido como 'El Chapo', condenado à prisão perpétua nos Estados Unidos.
No último dia 24 de fevereiro, mesmo sendo considerado um criminoso de alta periculosidade pelas autoridades, Dubal foi autorizado a cumprir pena em regime semiaberto. O benefício foi concedido pela juíza Sonáli da Cruz Zluhan, da 1ª Vara de Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre. "Nunca acreditei muito que o direito penal adiantasse para alguma coisa", declarou ela, em uma entrevista de 2017.
Antes de fugir, o criminoso utilizava uma tornozeleira eletrônica e havia retornado para São Borja, cidade onde nasceu. Até o momento desta publicação, não há informações sobre o paradeiro dele.
