BM encontra mais armas e munições onde traficante Beto Fanho morreu em confronto em Gravataí

BM encontra mais armas e munições onde traficante Beto Fanho morreu em confronto em Gravataí

Efetivo do 17º BPM voltou ao local na manhã desta quinta-feira na localidade de Morungava

Correio do Povo

Quatro criminosos foram presos e levados para o Denarc, em Porto Alegre

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Após a morte em confronto do traficante conhecido como Beto Fanho, 43 anos, a Brigada Militar apreendeu mais 16 armas na manhã desta quinta-feira em um sítio na localidade de Morungava, na zona rural de Gravataí. Uma nova troca de tiros foi registrada, sendo presos quatro integrantes de facção criminosa. Tratam-se três homens e uma mulher.

O efetivo do 17º BPM encontrou enterrado o armamento, sendo identificados sete revólveres calibre 38, seis pistolas calibre nove milímetros, uma espingarda calibre 12, um revólver calibre 357 e uma pistola calibre 40, além de 36 carregadores, mais de mil munições, quatro quilos de pasta base para cocaína, 985 gramas de crack, dez quilos de explosivos, dinheiro, cartões de crédito e telefones celulares. A ocorrência foi encaminhada depois para o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil, em Porto Alegre.

Bento Fanho, que portava uma tornozeleira eletrônica, morreu em uma troca de tiros no mesmo sítio durante uma ação integrada do Denarc com o 17º BPM e o 20º BPM na tarde dessa quarta-feira, sendo efetivados mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram cumpridas também na vila São Borja, no bairro Sarandi, em Porto Alegre, onde foram encontradas três pistolas.

d. Elas foram deferidas pela Vara Criminal do Foro Central, após parecer favorável do Ministério Público do Rio Grande do Sul. Houve a apreensão na ocasião de um fuzil calibre 556, uma pistola calibre nove milímetros, uma espingarda calibre 22, uma granada, dezenas de coletes e capas balísticas, quantias em dinheiro e rádios comunicadores.

Considerado de alta periculosidade, Beto Fanho tinha antecedentes por homicídio qualificado, três por tráfico de drogas, roubo a banco, roubo a estabelecimento comercial, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa armada, entre outros delitos.

Em novembro de 2020, o traficante encontrava-se foragido após ter sido beneficiado pela Justiça com a colocação de tornozeleira eletrônica. Após sair da Penitenciária Modulada de Charqueadas, ele rompeu o equipamento uma hora depois de ter sido solto e desde então não foi mais localizado.

Beto Fanho era uma das lideranças do narcotráfico na vila São Borja, no bairro Sarandi, em Porto Alegre. Ele foi acusado de ter ordenado o ataque ocorrido na noite de 16 de outubro de 2020 na frente do Hospital Cristo Redentor, na Capital, quando indivíduos em um Ford Fiesta efetuaram vários disparos na frente do prédio. No HCR estavam sendo atendidos três traficantes rivais, oriundos da antiga vila Nazaré, na avenida Sertório, que foram baleados momentos antes pelo grupo de Beto Fanho na vila São Borja.

De acordo com o diretor do Denarc, delegado Carlos Wendt, a ação integra “a estratégia da Polícia Civil e da Brigada Militar de intensificar a presença do Estado em áreas conflagradas em razão do tráfico de drogas, principalmente buscando a descapitalização das organizações criminosas, com a apreensão de armas de fogo, drogas e valores em dinheiros, propiciando futura responsabilização criminal principalmente das lideranças”.

Já o comandante do 20º BPM, tenente-coronel Rafael Tiaraju de Oliveira, afirmou que a ação integrada mostrou os esforços das forças de segurança no combate ao crime organizado. “Trata-se de um indivíduo com vastos antecedentes criminais graves, que era responsável pela liderança de uma facção atuante em bairros importantes da zona Norte da Capital. Essa ação traz resultados importantes para a comunidade, pois além da desarticulação, trouxe prejuízos à organização criminosa com a apreensão de diversos materiais bélicos”, declarou.

Foto: BM / Divulgação / CP


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