Brigada Militar faz nova apreensão de armas e munições em sítio de facção em Gravataí

Brigada Militar faz nova apreensão de armas e munições em sítio de facção em Gravataí

Efetivo do 17º BPM já apreendeu um fuzil calibre 556, três pistolas calibres nove milímetros, 7.65 e 380, além de 146 munições e nove carregadores

Correio do Povo

Um suspeito foi preso quando desenterrava o material ilícito

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Nesta sexta-feira, a Brigada Militar retornou novamente ao sítio onde morreu em confronto o traficante e líder de facção criminosa Beto Fanho na localidade de Morungava, na zona rural de Gravataí. Após buscas na propriedade, o efetivo do 17º BPM já apreenderam um fuzil calibre 556, três pistolas calibres nove milímetros, 7.65 e 380, além de 146 munições de calibres variados, nove carregadores e dois telefones celulares.

No começo desta manhã, os policiais militares foram alertados sobre a presença suspeita de um Fiat Uno, com dois indivíduos, no interior do sítio, situado na rua Eucalipto. Um dos suspeitos foi abordado e preso. Ele possui antecedentes por furto qualificado, roubo a pedestre, desobediência, prisão por cumprimento de mandado, furto simples, ameaça, recaptura de preso, roubo de veículo, direção perigosa e desobediência.

Já o cúmplice conseguiu escapar para o interior de um matagal. A dupla estava desenterrando as armas e munições. Um detector de metais e uma retroescavadeira estão sendo empregados agora para tentar localizar mais material ilícito na área. Agentes do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil acompanham a varredura.

Nessa quinta-feira, a Brigada Militar havia apreendido 16 armas que estavam enterradas na propriedade, sendo sete revólveres calibre 38, seis pistolas calibre nove milímetros, uma espingarda calibre 12, um revólver calibre 357 e uma pistola calibre 40. Houve ainda o recolhimento de 36 carregadores, mais de mil munições, quatro quilos de pasta base para cocaína, 985 gramas de crack, dez quilos de explosivos, dinheiro, cartões de crédito e telefones celulares.

Bento Fanho, que portava uma tornozeleira eletrônica, morreu em uma troca de tiros durante uma ação integrada do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil com o 17º BPM e 20º BPM, na última quarta-feira. As ordens judiciais foram cumpridas também na vila São Borja, no bairro Sarandi, em Porto Alegre.

Na ocasião, um fuzil calibre 556, uma pistola calibre nove milímetros, uma espingarda calibre 22, uma granada, dezenas de coletes e capas balísticas, quantias em dinheiro e rádios comunicadores foram apreendidos.

Criminoso perigoso 

Considerado de alta periculosidade, Beto Fanho tinha antecedentes por homicídio qualificado, três por tráfico de drogas, roubo a banco, roubo a estabelecimento comercial, porte ilegal de arma de fogo e associação criminosa armada, entre outros delitos.

Em novembro de 2020, o traficante encontrava-se foragido após ter sido beneficiado pela Justiça com a colocação de tornozeleira eletrônica. Após sair da Penitenciária Modulada de Charqueadas, ele rompeu o equipamento uma hora depois de ter sido solto e desde então não foi mais localizado.

Beto Fanho era uma das lideranças do narcotráfico na vila São Borja, no bairro Sarandi, em Porto Alegre. Ele foi acusado de ter ordenado o ataque ocorrido na noite de 16 de outubro de 2020 na frente do Hospital Cristo Redentor, na Capital, quando indivíduos em um Ford Fiesta efetuaram vários disparos na frente do prédio. No HCR estavam sendo atendidos três traficantes rivais, oriundos da antiga vila Nazaré, na avenida Sertório, que foram baleados momentos antes pelo grupo de Beto Fanho na vila São Borja.  


Foto: BM / Divulgação / CP


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