Casa de ex-diretor da Companhia Riograndense de Mineração é alvo de buscas da Polícia Civil

Casa de ex-diretor da Companhia Riograndense de Mineração é alvo de buscas da Polícia Civil

Ação ocorre em continuidade da Operação Off Road, que investiga irregularidades na CRM

Marcel Horowitz

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Policiais civis da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª Decor) cumpriram, na manhã desta quinta-feira, um mandado de busca e apreensão na casa de um homem que ocupou as funções de diretor técnico e diretor administrativo da Companhia Rio Grandense de Mineração (CRM), em Porto Alegre. A ação ocorreu no âmbito da Operação Off Road, que desde o início de agosto apura supostas irregularidades na estatal

De acordo com a corporação, foram identificadas fraudes licitatórias durante a aquisição de três caminhões, modelos Randon Perlini e RD 470. De acordo com o delegado Max Otto Ritter, que coordena a ação, os veículos foram adquiridos pelo valor aproximado de R$ 2.100.000, para compor a frota da CRM. No entanto, ainda conforme o delegado, as investigações apontam que uma empresa particular ofertou previamente os bens para a companhia, tendo a anuência dos diretores. " A partir desse momento, ocorreram uma série de atividades que culminaram com a referida empresa como vencedora do certame", afirmou.

Otto Ritter destaca ainda que a ação de hoje teve origem em provas obtidas a partir das buscas e apreensões realizadas nas fases anteriores da operação, nos dias 15 e 16 de agosto. Os materiais apreendidos, segundo ele, apontaram para a efetiva participação do ex-diretor nos crimes sob investigação. "Foram apreendidos documentos e um celular. As apreensões serão analisadas em conjunto com as demais provas que já dispomos", declarou o delegado.

Fases anteriores  

A primeira fase da operação ocorreu no dia 15 de agosto, quando policiais efetuaram buscas na sede da companhia, situada em Candiota, no Sudeste do Rio Grande do Sul. Além da sede, residências em Santa Cruz do Sul, pertencentes a empresários sócios da empresa vencedora do processo licitatório, também foram alvo da Polícia Civil. Dois servidores da CRM foram ouvidos pela Polícia Civil, na ocasião.

Um dia depois, em 16 de agosto, foi desencadeada a segunda etapa da ofensiva, cumprindo buscas na sede da empresa e em residências de dois servidores públicos, em Porto Alegre. A ação resultou na apreensão de duas armas de fogo irregulares e nove barras de ouro, além da prisão em flagrante de um dos investigados.

No dia seguinte, 17 de agosto, o governo do Rio Grande do Sul comunicou a exoneração do presidente da CRM, Melvis Barrios Júnior. Conforme o Piratini, a administração teve acesso aos documentos e informações que levaram à operação deflagrada pela Polícia Civil. “Concluiu-se pela exoneração, a fim de promover imparcialidade e independência na apuração dos fatos”, disse o Executivo Estadual, através de uma nota. 


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