Criminalidade e conflito entre facções é discutida pela Segurança Pública do Estado em Rio Grande
Pela Brigada Militar está previsto o reforço de efetivo e saturação de áreas, entre outras ações
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A criminalidade na cidade de Rio Grande, agravada por um conflito entre facções criminosas, será combatida com novas ações aliadas às estratégias já aplicadas. A situação foi discutida pelo titular da Secretaria da Segurança Pública (SSP), coronel Vanius Cesar Santarosa, acompanhado do comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio dos Santos Feoli, e do chefe da Polícia Civil, delegado Fábio Motta Lopes, com os operadores de segurança locais.
O encontro, que ocorreu nessa segunda-feira no Novo Foro de Rio Grande, teve ainda as participações da Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (SJSPS) com a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), Poder Judiciário, Ministério Público do Rio Grande do Sul, Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.
"Nosso empenho e união para debater e atualizar as estratégias de combate ao crime é essencial para retomar a queda nos indicadores de criminalidade”, declarou o secretário estadual da Segurança Pública. “Temos estratégias de curto e médio prazo”, acrescentou Vanius Cesar Santarosa.
Ele citou, como exemplo, o reforço do policiamento ostensivo do 6º BPM, com acréscimo da tropa do 5º Batalhão de Polícia de Choque, e a força-tarefa da Polícia Civil que está atuando em apoio aos agentes locais, para a elucidação dos municípios.
O secretário estadual da Segurança Pública confirmou ainda para os próximos meses a instalação dos bloqueadores de celular na Penitenciária Estadual de Rio Grande, visando “evitar o contato das lideranças criminosas com o exterior dos presídios". A colocação dos equipamentos deve acontecer até o início do segundo semestre deste ano. Todos presentes à reunião acertaram em estratégias e compartilharem informações relevantes.
Pela Brigada Militar, o 6° BPM continuará recebendo reforço de efetivo e o planejamento e emprego de polícia ostensiva seguirá sendo ajustado e adequado aos estudos da área de inteligência e à constante análise criminal. Estão previstas também a continuidade das ações de saturação de áreas.
Homicídios
Desde o começo deste ano, Rio Grande já registra 46 homicídios. O caso mais recente ocorreu na tarde dessa mesma segunda-feira, quando um casal foi executado a tiros no bairro São Miguel. O homem tinha 30 anos e possuía antecedentes, inclusive por tráfico de drogas. Já a mulher, de 28 anos, não tinha nenhuma passagem criminal. Os dois chegaram a ser socorridos, mas não resistiram aos graves ferimentos.
Nas buscas, os policiais militares do 6º BPM da Brigada Militar localizaram o Fiat Siena, de cor branca, que teria sido usado na execução do casal. Estojos deflagrados de pistola foram apreendidos no interior do carro, que foi abandonado no bairro Getúlio Vargas. O automóvel foi enviado para o Instituto-Geral de Perícias.
Ainda na noite de segunda-feira, os agentes da 1ª DP de Rio Grande prenderam uma dupla de suspeitos de envolvimento na morte do casal. Tratam-se de dois adolescentes, ambos de 17 anos, que se apresentaram com um advogado na delegacia.
Há suspeita de que o conflito entre facções criminosas pode estar relacionado à tentativa de uma delas de buscar o domínio absoluto do tráfico de drogas na região, inclusive em relação à rota marítima de cocaína que passaria pelo porto de Rio Grande.
