Filha de idoso desaparecido com a esposa é recolhida novamente ao sistema prisional a pedido do MPRS

Filha de idoso desaparecido com a esposa é recolhida novamente ao sistema prisional a pedido do MPRS

Ela e o neto da vítima foram denunciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver de Rubem Affonso Heger, 85 anos, e Marlene dos Passos Stafford Heger, 53 anos, que residiam em Cachoeirinha

Correio do Povo

Crime teria ocorrido por motivação financeira em fevereiro de 2022

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A pedido do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) em Cachoeirinha, a filha de Rubem Affonso Heger, de 85 anos, e enteada de Marlene dos Passos Stafford Heger, de 53 anos, voltou a ser recolhida ao sistema prisional nessa quarta-feira. A mulher, de 51 anos, e o filho dela, de 28 anos, neto do idoso, que permanece internado no Instituto Psiquiátrico Forense, foram denunciados pelo promotor de Justiça Thomaz de La Rosa por homicídios qualificados e ocultação de cadáveres do casal.

A filha estava em prisão domiciliar desde 12 de agosto de 2022, após ter apresentado laudo médico que atesta paraplegia. Porém, ela foi vista caminhando dentro do Hospital Vila Nova, em Porto Alegre, quando esteve internada. Além disso, segundo o MPRS, em 15 de março deste ano, a mulher compareceu a uma audiência dirigindo veículo não adaptado para pessoas com deficiências, conforme certificação feita por oficial de Justiça.

No pedido de prisão preventiva, o promotor Thomaz de La Rosa fundamentou que “de fato, da análise das imagens captadas pela câmera do fórum, vê-se que a denunciada não possui um quadro de saúde grave, pois, ao se evadir do prédio, dirige-se ao veículo, levanta da cadeira de rodas para se acomodar no banco do motorista e sai do local conduzindo veículo não adaptado".

Além disso, ele lembrou que o recolhimento da ré ao sistema prisional é necessário tendo em vista o risco gerado pela sua liberdade, pois, durante o tramitar do processo, teve contra si registradas diversas ocorrências policiais, responde a processos criminais, possui sentença condenatória e, inclusive, já simulou o próprio sequestro.

O MPRS denunciou a filha e o neto do idoso, no dia 26 de maio de 2022. Conforme o promotor de Justiça Thomaz de La Rosa, os réus deslocaram-se até a casa das vítimas, na Vila Carlos Antônio, em Cachoeirinha, em 27 de fevereiro do mesmo ano, e cometeram o duplo homicídio. Na sequência, os acusados obstruíram a frente da garagem com colchões e colocaram os corpos das vítimas no interior de um Ford Fiesta, ocultando posteriormente os cadáveres. Os corpos ainda não foram encontrados. Os denunciados ainda mataram a cachorra das vítimas, colocando o animal em uma caixa de gordura.

Para o MPRS, os crimes tiveram motivação financeira. A filha foi denunciada por um homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e dissimulação), um homicídio triplamente qualificado (dissimulação, motivo torpe e feminicídio), ocultação de cadáver, fraude processual, desacato e maus-tratos a animal doméstico. Já o neto responde por um homicídio duplamente qualificado (dissimulação e motivo torpe), um homicídio triplamente qualificado (dissimulação, motivo torpe e feminicídio), ocultação de cadáver, fraude processual, resistência e maus-tratos a animal doméstico.


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