Homem que espancou e matou morador em situação de rua em 2022 vai a júri em Vacaria
Réu queria mostrar para os amigos como é que se matava uma pessoa
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O julgamento de um homem de 32 anos, denunciado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por espancar e matar um morador em situação de rua em 2022, com chutes, prisões e socos por puro exibicionismo, começa às 9h desta terça-feira no salão do júri da Comarca de Vacaria. O réu, que está preso, responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima).
Conforme o promotor de Justiça Damasio Sobiesiak, que atua no caso, não haverá testemunha no plenário. Após o interrogatório do réu, acusação e defesa terão uma hora meia cada para se manifestarem. Se tiver réplica e tréplica, o tempo será de uma hora para cada parte.
As agressões foram cometidas por volta das 5h20min do dia 20 de fevereiro de 2022 na rua Marechal Floriano, na área central de Vacaria, quando o réu “agiu com crueldade manifesta e intensa maldade, agredindo com violência extrema uma pessoa completamente incapaz de se defender”.
O promotor de Justiça Damasio Sobiesiak conta que a Brigada Militar foi acionada via rádio para comparecer ao Hospital Nossa Senhora da Oliveira na manhã do crime, porque uma pessoa deu entrada em estado gravíssimo.
No local, os policiais militares receberam a informação de que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou atendimento a um homem que apresentava fratura no crânio e hemorragia. A vítima, então com 48 anos, havia sido agredida gratuitamente, segundo relatos de testemunhas.
Conforme os amigos do agressor, o réu disse que queria mostrar para eles “como é que se mata uma pessoa”. Ao encontrarem a vítima que vivia em situação de rua, o acusado imediatamente passou a desferir socos, prisões e chutes, especialmente na cabeça e na face. Uma câmera de monitoramento registrou o crime. A vítima não resistiu aos graves ferimentos e morreu no dia 7 de março de 2022 no Hospital Pompeia, em Caxias do Sul. A investigação foi realizada pela Polícia Civil.
