Hospitais Cristo Redentor e Pronto Socorro deixam de ter posto policial em Porto Alegre
Plantão continua com atendimento 24 horas por dia, mas não há mais agentes deslocados exclusivamente aos centros de saúde
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A partir desta segunda, os postos policiais dos hospitais Cristo Redentor (Rua Domingos Rubbo, 20) e Pronto Socorro (Largo Teodoro Herzl s/nº), em Porto Alegre, vão operar de maneira diferente. O atendimento continua sendo 24 horas por dia, mas não há mais um policial deslocado exclusivamente aos centros de saúde. Em decorrência da baixa demanda de cada local, a Polícia Civil resolveu realocar os oito plantonistas – quatro de cada unidade – para áreas com maior necessidade de contingente, como o Palácio da Polícia, onde detidos são mantidos em viaturas da Brigada Militar por falta de vagas em presídios no Rio Grande do Sul.
"A desativação nunca é boa para ninguém, mas estamos em um período de excepcionalidade. Foi feito um estudo pela chefia de polícia diante da grande dificuldade que estamos passando atualmente e foi constatado que temos o menor efetivo da história. Então, em vez do policial ficar lá parado e fazer duas ocorrências por dia, o que é a média, ele estará em outra área. As volantes estarão sempre à disposição com deslocamentos imediatos", explica o delegado Fernando Soares. Até ontem, os policiais plantonistas, que faziam turnos de 24h e folgavam 72h, ficavam no posto e ativavam as delegacias volantes conforme o caso.
Agora, os hospitais receberam os telefones do Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) de Porto Alegre, para os quais deverão ligar em caso de alguma ocorrência. "Prontamente se deslocará uma equipe de plantão para lá por qualquer motivo em que a necessidade da polícia seja entendida, suspeito, pessoas baleadas, sem identificação, por exemplo", explica. A medida não tem tempo para ficar em vigor. "Se busca fazer uma experiência. Essa decisão será por um período e depois teremos uma nova análise para ver se está funcionando bem, se houve dificuldades ou se os plantões precisam ter os homens nos hospitais", diz.
Soares reitera que a determinação foi tomada pela chefia de polícia devido à urgência da necessidade de contingente em outras áreas e da demanda reduzida dos hospitais. "Se houver um problema no dia a dia, nada nos proíbe de revogar essas medidas. Daqui a dois, três meses, estarão ingressando novos alunos, quem sabe poderemos remanejar e voltar à atividade normal", conclui.