Influencer digital é presa pela Polícia Civil por explorar sexualmente a filha pequena

Influencer digital é presa pela Polícia Civil por explorar sexualmente a filha pequena

Ela e outra mãe, também alvo da 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente, combinavam os preços dos programas com empresário pedófilo detido em abril deste ano em Imbé

Correio do Povo

Segunda fase da operação Lumière ocorreu em Cachoeirinha e Alvorada

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Uma influencer digital com ensino superior completo foi presa preventivamente pela Polícia Civil por explorar sexualmente a própria filha, de sete anos, em Cachoeirinha. Os agentes da 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (1ª DPCA), do Departamento Estadual de Proteção aos Grupos de Vulneráveis, chegaram até a mãe, de 26 anos, após a análise dos dados do telefone celular do empresário, de 41 anos, detido em abril deste ano.

Outra mãe, de 23 anos, também foi detida na segunda fase da operação Lumière, que foi desencadeada nessa quarta-feira sob coordenação da titular da 1ª DPCA, delegada Camila Franco Defaveri. Com duas meninas, sendo uma de um ano e outra de três anos e meio, ela mora em Alvorada. “Ambas as investigadas já prestaram serviços em sua empresa como digitadoras”, observou a delegada Camila Franco Defaveri.

Na ação foram cumpridos os mandados de prisões preventivas e de busca e apreensão em Porto Alegre, Alvorada e Cachoeirinha. As ordens judiciais foram expedidas pela 6ª Vara Criminal do Foro Central de Porto Alegre, visando a obtenção de fontes materiais de prova sobre as práticas criminosas e para a continuidade das investigações.

Conforme a delegada Camila Franco Defaveri, a primeira fase da operação Lumière foi realizada em 27 de abril e contou com buscas nos imóveis do investigado, um apartamento à beira-mar em Imbé e uma residência em Porto Alegre. Na ocasião, os agentes apreenderam instrumentos sexuais, medicamentos calmantes de venda controlada para dopar possivelmente as vítimas, entre outros acessórios que denotaram a preferência sexual do empresário por crianças.

Telefones celulares e notebooks foram recolhidos e periciados. Naquela ação, uma mãe, de 32 anos, que possui três meninas, de oito, dez e 12 anos, foi presa. Conversas com imagens inclusive das crianças, negociando encontros e combinando valores conforme o tipo de abuso sexual, foram descobertas nos equipamentos.

“Com a apreensão dos aparelhos do investigado pode-se confirmar que se trata de um criminoso contumaz, que busca conhecer mulheres em organizações não governamentais e instituições de amparo. Além disso, vale-se de sites de prostituição estilo “sugar baby” para conhecer outras pessoas, sempre do sexo feminino, com filhos menores, crianças de zero a 12 anos, onde opta por convidá-las para participação de encontros ‘familiares’, demonstrando boas intenções, ao solicitar Pix para imediato depósito”, explicou a titular da 1ª DPCA.

“Em seguida, iniciam as combinações, remetendo a tabelas de valores a serem pagos por ele para a prática de determinados atos com as infantes. O ‘cardápio’ com valores dos abusos, enviando, inclusive, imagens de animes, já com o modelo do abuso. Após, combinado os valores, marcam o encontram, em locais reservados, em hotéis nas cidades ou em uma de suas residências em Imbé”, acrescentou a delegada Camila Franco Defaveri.

Estão sendo investigados os crimes de exploração sexual, prostituição, estupro e derivados do crime de pornografia infantil. As crianças foram encaminhadas para perícia psíquica e verificação de violência sexual. 


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