Inicia julgamento de suspeitos da morte de empresário em estacionamento de Porto Alegre

Inicia julgamento de suspeitos da morte de empresário em estacionamento de Porto Alegre

Marcelo Oliveira Dias, 44 anos, morreu em 2016 em estacionamento de supermercado

Correio do Povo

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O juiz Tadeu Trancoso preside o julgamento iniciado nesta sexta-feira de quatro dos cinco acusados pela morte do empresário Marcelo Oliveira Dias, 44 anos, ocorrido no dia 20 de outubro de 2016 no estacionamento de um supermercado no bairro Cavalhada, em Porto Alegre. Pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) atua o promotor de Justiça Luiz Eduardo de Oliveira Azevedo.

Na defesa estão os defensores públicos Eledi Amorim Porto e Álvaro Fernandes Macieira Cardoso, além dos advogados Jean Severo e Mirela Cabral. O julgamento acontece na Segunda Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre.

Os réus teriam confundo a vítima, proprietária de uma academia, com um traficante. A filha do empresário, na época com quatro anos de idade, sofreu um disparo no rosto, mas sobreviveu. Os quatro foram denunciados por homicídio e tentativa de homicídio. Todos também respondem pelos crimes de organização criminosa, receptação e adulteração de veículo automotor, por usarem um carro roubado com placa adulterada e, também, corrupção de menores, pela presença de uma adolescente no bando.

Apontados pela Polícia Civil como mandantes do crime, dois deles deram a suposta ordem de execução de dentro da Cadeia Pública de Porto Alegre (antigo Presídio Central). A dupla é suspeita de liderar uma facção criminosa, sediada no bairro Bom Jesus. No crime, a meta era executar um rival para assumir o domínio do tráfico na região do Beco do Adelar, entre os bairros Aberta dos Morros e Serraria, na zona Sul de Porto Alegre.

Orientada a monitorar a entrada de um Peugeot, de cor branca, no estacionamento do supermercado, a adolescente de 16 anos teria avistado o empresário e comunicado a dupla. Os suspeitos teriam se aproximado do carro e executado a vítima com vários tiros. O motorista do Ford Fiesta, usado pelos dois réus, morreu no mesmo dia em confronto policial. O verdadeiro alvo da quadrilha, pouco antes de ocorrer o crime, chegou ao estacionamento do supermercado. Ele estava, porém, de moto.

O promotor de justiça Luiz Eduardo de Oliveira Azevedo explicou que um quinto acusado vai ser julgado separadamente em razão de cisão no processo determinada pela Justiça. “Este é um crime hediondo, que chocou a todos pela gravidade e deixou uma família destruída”, enfatizou. 


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