Justiça mantém prisão preventiva do influenciador digital Nego Di

Justiça mantém prisão preventiva do influenciador digital Nego Di

Dilson Alves da Silva está preso em Canoas desde 14 de julho deste ano, sendo investigado pelo crime de estelionato

Correio do Povo

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Em decisão nesta quarta-feira, a Juíza de Direito, Patrícia Krebs Tonet, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas, indeferiu o pedido de revogação de prisão preventiva de Dilson Alves da Silva neto, Nego Di, bem como o pleito de substituição por medidas cautelares diversas da prisão. A solicitação foi feita pelo réu quando apresentou a resposta à acusação.

“Conforme já destacado no decreto prisional dos réus, o seu comportamento não se coaduna com o de pessoas ingênuas na área de vendas e negociações, colhendo-se que as conversas abrangem período significativo de tempo, dentro do qual as vendas seguiram acontecendo sem que nenhuma providência fosse tomada por quaisquer dos réus”, disse a magistrada.

Ela ainda destacou que “resta também sem qualquer explicação porque razão o réu, em sendo lesado e ludibriado pelo sócio, como afirma, não registrou ocorrência contra este ou buscou a responsabilização de Anderson, limitando-se a tirar o site que mantinham do ar, até porque é pessoa pública, que ganha com a imagem, e, portanto, precisava manter seu nome íntegro”.

Ao final, pontuou que não ficou demonstrada de plano a ausência de dolo, mantendo os fundamentos do decreto prisional. Nego Di está preso desde o dia 14 de julho deste ano, sendo investigado pela prática do crime de estelionato junto com o sócio, Anderson Boneti. A dupla é suspeita de lesar mais de 370 pessoas com vendas através de um site em 2022.

Usuários relataram que adquiriram produtos diversos, como televisores, celulares e eletrodomésticos, pela página virtual, mas não teriam recebido os itens, nem a devolução dos valores pagos. Após intimações, o processo seguirá para designação de audiências para oitiva de testemunhas e interrogatório dos réus.


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