Maradona e Érick são julgados pelo assassinato de Teréu

Maradona e Érick são julgados pelo assassinato de Teréu

Crime ocorreu na manhã do dia 7 de maio de 2015 no interior do refeitório A da Pasc, quando os denunciados asfixiaram o traficante

Correio do Povo

Chegada dos réis foi marcado sob forte esquema de segurança

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O julgamento de Maradona, um antigos lideres da facção criminosa Os Manos, está sendo realizado nesta quinta-feira sob forte esquema de segurança na 1ª Vara do Júri de Porto Alegre. Ele foi trazido no início da manhã da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) junto com outro detento, conhecido como Érick, ambos réus no caso do assassinato do traficante Teréu em 2015.

Com armamento pesado, uma equipe da Divisão de Segurança de Escolta (DSE) da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) realizou a escolta. Na chegada no Foro Central, o trânsito na avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, no sentido centro-bairro, chegou a ser momentaneamente bloqueado para o ingresso do comboio de viaturas no prédio.

O julgamento é presidido pela juíza Taís Culau de Barros. Na acusação atuam os promotores de Justiça Lúcia Helena Callegari e Eugênio Paes Amorim. “Maradona perdeu a liderança quando foi transferido para um presídio federal e voltou com menos poder. De qualquer modo, é alguém perigoso que tem de ser contido”, avaliou Eugênio Paes Amorim.

“Esse julgamento não é complicado por que o fato foi filmado e especialmente Maradona aparece nitidamente matando a vítima, enfiando a cabeça dela dentro de um saco plástico para ser asfixiada. O outro réu, aparece bem nítida no vídeo a participação dele”, avaliou. “O crime, de uma forma muito clara, foi arquitetado por um dos réus que está sendo julgado, Maradona, que era líder dos Manos. Ele nega e diz que nem notou que alguém morreu, mas contradiz as imagens do local do crime. O outro, Erick, auxiliou na parte final da asfixia”, acrescentou Lúcia Helena Callegari. “Maradona atualmente tem 130 anos de pena a cumprir…É uma pessoa super nefasta em termos de sistema prisional e de segurança pública. Temos de ter uma atenção redobrada”, complementou ela, referindo-se ao aparato de segurança montado.

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Na defesa dos réus estão as advogadas Tatiana Vizzotto Borsa (por Maradona) e Janaína Serpa Groth e Renata dos Santos Salvá (por Érick). O primeiro júri do caso Teréu, ocorrido no início de junho deste ano, resultou na condenação de dois réis com pena de 27 anos de reclusão e um terceiro sentenciado com 26 anos de reclusão.

No dia 8 de agosto serão julgados mais três apenados envolvidos no assassinato do traficante. Todos foram denunciados pelo Ministério Público em junho de 2015 por homicídio triplamente qualificado com motivo torpe, com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.

O crime ocorreu na manhã do dia 7 de maio de 2015 no interior do refeitório A da Pasc, quando os denunciados asfixiaram Teréu até a morte. As investigações concluíram que Teréu foi morto para assegurar a hegemonia da facção Os Manos.


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