Ministério Público de Goiás pede prisão do médium João de Deus

Ministério Público de Goiás pede prisão do médium João de Deus

Mais de 200 mulheres afirmam ter sido abusadas sexualmente pelo médium durante atendimentos espirituais

R7

Ministério Público de Goiás pede prisão do médium João de Deus

publicidade

 O Ministério Público de Goiás (MP-GO) pediu nesta quarta-feira a prisão preventiva do médium João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus. As informações foram confirmadas pela RecordTV. Mesmo que o pedido de prisão apresentado no fórum de Abadiânia seja aceito ainda hoje, João de Deus não poderá ser detido imediatamente.

A Justiça autoriza que apenas prisões em flagrante sejam realizadas no período noturno. Até as 17h desta terça-feira, o MP já havia realizado o atendimento a 206 mulheres que afirmam ter sido abusadas sexualmente pelo médium.

• Vítimas de abuso criam rede de apoio a mulheres que denunciaram João de Deus

Pela manhã, João de Deus apareceu pela primeira vez após as denúncias contra ele virem à tona. Ele fez uma visita de menos de 10 minutos à sala de atendimento e retornou. Em declaração, o médium agradeceu a Deus e afirmou que quer cumprir a lei brasileira. "Estou nas mãos da Justiça. O João de Deus ainda está vivo", declarou ele, que garante ser inocente.

De acordo com o Ministério Público, duas das 206 denúncias recebidas contra o médium tiveram origem no exterior, uma dos Estados Unidos e outra da Suíça. As demais foram realizadas por moradoras de Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.

Outro lado

O advogado criminalista Alberto Toron, que representa João de Deus, se posicionou sobre as acusações de abuso sexual contra o médium em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo. Ele afirmou que o médium “nega e recebe com indignação a existência dessas declarações”.

“O que eu quero esclarecer, que me parece importante que se esclareça ao grande público, é que ele tem um trabalho de mais de 40 anos naquela comunidade, atendendo a todos os brasileiros, atendendo gente de fora do país, sem nunca receber esse tipo de acusação”, disse o advogado.

Ainda segundo Toron, João de Deus vai se apresentar à Justiça nos próximos dias para colaborar no que for necessário.

O R7 tenta desde segunda-feira ouvir o advogado, mas ainda não obteve resposta. Um novo contato foi realizado nesta quarta-feira, após o pedido de prisão. Uma entrevista com o médium também foi solicitada, também sem posicionamento do acusado.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895