Ministério Público forma força-tarefa para investigar denúncias contra João de Deus

Ministério Público forma força-tarefa para investigar denúncias contra João de Deus

Promotor da cidade afirmou que depoimentos das vítimas são essenciais para formação do inquérito

AE

Não está descartada a determinação da prisão preventiva do médium e do fechamento da casa em que ele atende

publicidade

O Ministério Público de Goiânia montou uma força-tarefa nacional para investigar as denúncias de abusos sexuais e outros crimes atribuídos ao médium João de Deus. São quatro promotores e duas psicólogas que vão se dedicar a investigar os casos. Até agora, vítimas ainda não se apresentaram formalmente ao Ministério Público. "Dependemos desses relatos para instruir a investigação e para que a Justiça seja realizada", afirmou Steve Gonçalves Vasconcelos, o promotor de Alexânia, cidade onde João de Deus faz os atendimentos.

Um e-mail (denuncias@mpgo.mp.br) foi criado especialmente para receber denúncias. Luciano Meireles, coordenador do centro de apoio operacional criminal do Ministério Público de Goiás, afirmou que vítimas de outros Estados podem buscar também o Ministério Público mais próximo para prestar depoimentos. As investigações ficarão concentradas em Goiás.

De acordo com as investigações, não está descartada a determinação da prisão preventiva do médium e do fechamento da casa onde ele presta atendimento. Um procedimento específico para o fechamento da casa foi iniciado. "Testemunhas que saibam de qualquer atendimento podem entrar em contato com o Ministério Público, incluindo as que vivem no Exterior", afirmou a coordenadora do centro de apoio operacional de Direitos Humanos, Patrícia Otoni. "É importante que todas prestem depoimentos, para que possamos somar o que ocorreu no local", disse a coordenadora.

Além dos depoimentos, a força-tarefa deverá realizar uma avaliação de processos arquivados contra o líder religioso por falta de prova. "Identificamos alguns processos. Conforme depoimentos forem coletados, poderemos reabrir os casos."

Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895